Odebrecht: em dezembro, México inabilitou a construtora brasileira a obter contratos públicos no país por quatro anos (Guadalupe Pardo/Reuters)
EFE
Publicado em 24 de abril de 2018 às 23h11.
Última atualização em 24 de abril de 2018 às 23h13.
A Odebrecht ratificou nesta terça-feira sua disposição de colaborar com as autoridades mexicanas para esclarecer irregularidades na execução de contratos com a empresa Petróleos Mexicanos (Pemex), e reiterou que impugnará sanções administrativas anunciadas pela Secretaria da Função Pública (SFP).
"Como fez em outros países, a Odebrecht México ratifica sua disposição em seguir cooperando com as autoridades mexicanas", declarou a construtora brasileira em comunicado.
Além disso, reiterou a postura que informou nesta segunda-feira e afirmou que forneceu os elementos requeridos por lei para a abertura dos procedimentos de sanção correspondentes e impugnará as sanções indevidamente impostas pela Secretaria da Função Pública, reservando-se o direito de fincar responsabilidades perante as autoridades competentes".
Nesta segunda-feira, o governo mexicano criticou a falta de colaboração da construtora brasileira com a SFP para esclarecer irregularidades em contratos com a Pemex.
A SFP, ministério auditor do governo, indicou que a empresa carece do "compromisso e disposição de continuar colaborando com as autoridades mexicanas", já que só apresentou um documento "sem fornecer elementos de prova que permitissem credenciar sua confissão ou colaboração a respeito de fatos constitutivos de alguma infração concreta".
Nesse mesmo dia, a filial mexicana da empresa brasileira tinha anunciado em um comunicado de imprensa que impugnaria as sanções anunciadas pela SFP por considerá-las "totalmente infundadas e improcedentes".
No México, os casos de corrupção envolvendo a construtora chegam ao diretor-geral da Pemex entre 2012 e 2016, Emilio Lozoya, acusado de receber US$ 10 milhões da companhia petrolífera.
Em dezembro do ano passado, o México impôs uma sanção a Odebrecht e a desabilitou durante quatro anos para obter contratos públicos no país, depois que ficou demonstrada a cobrança indevida de US$ 6,2 milhões no projeto de uma refinaria.