Odebrecht: a Odebrecht afirmou que vem cooperando com autoridades brasileiras e estrangeiras para o avanço de investigações (REUTERS/Rodrigo Paiva)
Reuters
Publicado em 12 de janeiro de 2017 às 17h35.
Última atualização em 12 de janeiro de 2017 às 21h42.
São Paulo - A Odebrecht aceitou pagar 59 milhões de dólares ao governo do Panamá como parte inicial de negociações com a Procuradoria-Geral do país caribenho, que investiga a empreiteira por pagamento de subornos a autoridades locais.
"Após várias reuniões na parte da manhã com a equipe de promotores especiais anticorrupção e outra reunião com a equipe de advogados da Odebrecht, posso informar que recebi um compromisso verbal de entregar dentro de um curto espaço de tempo os primeiros 59 milhões de dólares devido a pagamento de subornos para pessoas físicas e jurídicas no Panamá", afirmou a procuradora-geral panamenha, Kenia Porcell, segundo gravação veiculada pelo site do Ministério Público do Panamá.
A notícia vem uma semana após a Odebrecht ter feito acordo similar com promotores no Peru pelo qual se comprometeu a pagar inicialmente 8,9 milhões de dólares e dar informação "relevante" sobre o pagamento de subornos para ganhar obras públicas no país.
Os acordos vêm no mês seguinte ao acordo da empresa alvo da Lava Jato com o Ministério Público Federal, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e com a Procuradoria-Geral da Suíça para pagar 3,83 bilhões de reais para por fim à investigações sobre seu envolvimento em atos ilícitos.
Consultada, a Odebrecht afirmou que vem cooperando com autoridades brasileiras e estrangeiras para o avanço de investigações.