Negócios

Odebrecht mira licitações de trem-bala e aeroportos

Empresa confirmou que já faz os estudos necessários para participar dos leilões de concorrência

A Odebrecht procura um sócio para investir em aeroportos, mas não descarta atuar sozinha (Wikimedia Commons)

A Odebrecht procura um sócio para investir em aeroportos, mas não descarta atuar sozinha (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2011 às 13h09.

Rio - O presidente da Odebrecht Transport, Paulo Cesena, confirmou hoje que a empresa de transportes do Grupo Odebrecht se prepara para entrar nas concorrências do trem-bala e dos aeroportos brasileiros. No caso do trem-bala, a empresa tem interesse em entrar como sócia. A menos de um mês da data da entrega das propostas para o trem-bala, Cesena afirmou que a empresa ainda negocia com "todos os parceiros possíveis" e corre para concluir estudos de engenharia. O governo receberá os envelopes dos consórcios interessados em 11 de julho.

"Temos interesse de entrar como sócios. Mas isso vai depender de uma série de negociações, inclusive com os demais sócios", afirmou, durante divulgação de investimentos da SuperVia, empresa controlada pela Odebrecht Transport e que atua no sistema de transporte urbano de trens na região metropolitana do Rio. "Estamos correndo para atender os prazos".

No caso dos aeroportos, Cesena informou que a empresa tem interesse de entrar como investidor e operador, possivelmente com parceiros, já que, no caso de um sócio especializado, "ganha-se competitividade num projeto de grande porte, mas não descartando entrar também sozinha".

No momento, ele afirma que a empresa realiza estudos enquanto aguarda a divulgação de como vai ser o processo de concessão. A companhia espera o detalhamento da modelagem regulatória, jurídica e financeira. Como investidor, a empresa poderia atuar em todas as atividades aeroportuárias, diz Cesena. "A decisão vai ser feita projeto a projeto."

Estratégia

A Odebrecht TransPort Participações SA é uma empresa da Organização Odebrecht criada em 2010 para atuar especificamente no investimento e na operação nas área de mobilidade urbana, concessões rodoviárias, sistemas integrados de logística e aeroportos. A previsão de faturamento para 2012 é de R$ 1 bilhão, apenas em projetos já em carteira.

Desde outubro do ano passado, passou a ter como acionista o Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), com 30% de participação indireta no capital social da empresa. Hoje a empresa tem nove ativos. O principal deles hoje são 60% da SuperVia. Em mobilidade urbana, a companhia informa que está presente entre os acionistas da ViaQuatro, que opera a Linha 4 do Metrô de São Paulo.

Em sistemas integrados de logística, está na Embraport, terminal portuário multiuso, e Logum, responsável pelo sistema integrado de logística de etanol que passará por diferentes Estados. Em concessões rodoviárias, está na Rota das Bandeiras, Rota dos Coqueiros, Bahia Norte, Concessionária Litoral Norte e Rota do Atlântico.

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