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Odebrecht diz manter cooperação com autoridades peruanas

A Odebrecht , maior empresa de construção da América Latina, reconheceu subornos de 29 milhões de dólares no Peru entre 2005 e 2014

Odebrecht: a empreiteira admitiu nos EUA ter pago a funcionários para obter contratos de construção em 12 países (Paulo Fridman/Bloomberg)

Odebrecht: a empreiteira admitiu nos EUA ter pago a funcionários para obter contratos de construção em 12 países (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 23 de dezembro de 2016 às 18h24.

Última atualização em 23 de dezembro de 2016 às 22h12.

Lima - A Odebrecht Latinvest, responsável por investimentos do grupo brasileiro na América Latina, informou nesta sexta-feira que vai manter a cooperação com autoridades do Peru, depois de admitir pagar subornos a funcionários para ganhar obras no país andino.

A Odebrecht, maior empresa de construção da América Latina, reconheceu subornos de 29 milhões de dólares no Peru entre 2005 e 2014, nos governos dos ex-presidentes Alejandro Toledo, Alan García e Ollanta Humala, como parte de um acordo judicial nos Estados Unidos.

A empreiteira admitiu nos EUA ter pago a funcionários para obter contratos de construção em 12 países.

"A empresa reafirma sua cooperação com as autoridades peruanas e vem adotando medidas adequadas e necessárias para melhorar continuamente o seu compromisso com práticas empresariais éticas", disse em comunicado a Odebrecht Latinvest, cuja sede administrativa está localizada em Lima.

A empresa também anunciou a mudança na presidência da Odebrecht Latinvest. Mauricio Cruz vai substituir Jorge Barata, que esteve no cargo por quatro anos.

A empreiteira, que atualmente enfrenta um escândalo de corrupção no Brasil, ganhou na última década contratos no Peru de pelo menos 10 bilhões de dólares.

O presidente peruano, Pedro Pablo Kuczynski, negou na quinta-feira estar envolvido no pagamento de propinas da Odebrecht, uma década atrás, quando ele era primeiro-ministro no governo de Toledo.

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