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Odebrecht apresenta plano de recuperação judicial a credores

No total, a Odebrecht tem dívidas de 98,5 bilhões de reais e entrou, em junho, com pedido de recuperação judicial

Odebrecht: segundo a empresa, troca de dívida por títulos de valores futuros é forma de manter a companhia funcionando, mantendo os empregos e gerando receitas (Mario Tama/Getty Images)

Odebrecht: segundo a empresa, troca de dívida por títulos de valores futuros é forma de manter a companhia funcionando, mantendo os empregos e gerando receitas (Mario Tama/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 26 de agosto de 2019 às 21h03.

São Paulo — O grupo Odebrecht apresentou nesta segunda-feira (26) a credores seu plano de recuperação judicial, propondo que eles troquem seus recebíveis por títulos de pagamento com base nos resultados futuros da companhia.

Em comunicado, o presidente-executivo da companhia, Luciano Guidolin, afirmou que uma redução da dívida decorrente do acordo garantirá "a atividade produtiva, a preservação de empregos e a geração de valor para todos os stakeholders".

Em junho, cerca de três anos após ter sido atingida pelos efeitos de uma profunda recessão no Brasil e das investigações da operação Lava Jato, a Odebrecht formalizou seu pedido de recuperação judicial, num dos maiores processos do tipo na história no país.

 

O processo exclui a Atvos (do setor de etanol), que fez um pedido isolado de recuperação judicial, além da Braskem, da empreiteira OEC, da Ocyan (do setor de óleo e gás), da incorporadora OR, da Odebrecht Transport e do estaleiro Enseada.

O plano envolve 51 bilhões de reais de dívidas concursais, ou seja, passíveis de reestruturação. Outros 14,5 bilhões de reais são compostos sobretudo por dívidas lastreadas em ações da Braskem e não passíveis de reestruturação. O montante também exclui dívidas cruzadas entre as unidades do grupo, de cerca de 30 bilhões. No total, o conglomerado tem dívidas de 98,5 bilhões de reais.

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