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O voo mais longo do mundo está chegando

Dois novos modelos planejados pela Airbus e pela Boeing pretendem fazer a viagem sem escalas até Londres - 20 horas e 20 minutos - saindo de Sidney

Viagens: um voo direto de Sidney a Londres reduziria quase quatro horas dos tempos das viagens atuais (Design Pics/Carl Shaneff/Thinkstock)

Viagens: um voo direto de Sidney a Londres reduziria quase quatro horas dos tempos das viagens atuais (Design Pics/Carl Shaneff/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2017 às 17h28.

Última atualização em 25 de agosto de 2017 às 18h05.

Praticamente todo mundo prefere voar sem escalas - principalmente quem viaja a negócios. E é muito provável que eles possam pagar a diferença.

Atualmente, porém, nem com todo o dinheiro do mundo você pode ir de Sidney à Big Apple ou ao Reino Unido sem uma escala, porque os aviões comerciais não têm essa autonomia de voo.

Mas isso pode mudar logo. Durante muitos anos, executivos da companhia aérea australiana Qantas Airways buscaram oferecer um voo direto de Sidney e Melbourne a Londres.

Agora, com os avanços da tecnologia, eles finalmente veem o potencial de realizar esse sonho.

Dois novos modelos planejados pela Airbus e pela Boeing pretendem fazer a viagem sem escalas até Londres - 20 horas e 20 minutos - saindo de Sidney.

Esse novo modelo também atravessaria o Oceano Pacífico e chegaria a Nova York em cerca de 18 horas.

Nesta sexta-feira, o presidente-executivo da Qantas, Alan Joyce, lançou um “desafio” público às empresas para que ampliem o alcance do novo 777X da Boeing, que está programado para 2020, e da versão de “alcance ultralongo” planejada para o Airbus A350, que será lançado em 2018.

A Qantas espera receber um avião desse tipo e começar seu serviço de Sidney a Londres em 2022, afirmou a empresa como parte de seus resultados de receita no ano cheio.

A Qantas afirmou que os dois aviões “podem chegar perto” dos requisitos necessários para os voos a Londres e Nova York.

O objetivo do estímulo público é levar uma das fabricantes, ou ambas, a revisarem seus esquemas técnicos para ampliarem ainda mais a distância coberta.

Um voo direto de Sidney a Londres reduziria quase quatro horas dos tempos das viagens atuais, que têm uma escala; para Nova York, os passageiros poderiam economizar quase três horas.

A Airbus, em uma declaração enviada por e-mail, afirmou estar à altura do desafio.

“O A350-900 ULR estará em operação no ano que vem para voos ultralongos de até 20 horas”, afirmou a empresa. “Esperamos ansiosamente trabalhar com a Qantas para ver como podemos atender aos requisitos para voos sem escalas entre Sidney e Londres.”

A Boeing não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários enviados por e-mail.

Os voos de longo alcance se tornaram muito mais comuns nos últimos anos, à medida que as aeronaves de composição mais leve, combinadas com a tecnologia de turbinas a jato mais duráveis e com um uso mais eficiente de combustível, abriram uma série de rotas novas com modelos de longa distância da Airbus e da Boeing.

“Você sabe, com base no que eles fizeram com outras aeronaves, que as rotas Sidney-Londres e Melbourne-Londres têm possibilidades reais”, disse Joyce ao jornal The Sydney Morning Herald em abril.

No início deste ano, a Qantas afirmou que passaria a oferecer voos diretos de Perth a Londres em março de 2018, usando um Boeing 787-9.

A Qantas lançou seu primeiro voo da chamada “Rota do Canguru”, de Sidney a Londres, em dezembro de 1947, com um avião Lockheed Constellation.

A viagem demorou quatro dias. Dentro de alguns anos, a operadora cujo logotipo tem um canguru espera fazer esse trajeto em pouco mais de 20 horas.

Este conteúdo foi publicado originalmente no site da Bloomberg.

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