Loja da Apple: empresa seria capaz de pagar toda a dívida grega -e sobrar um troco (Spencer Platt/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 6 de março de 2012 às 17h33.
São Paulo – Já virou lugar comum afirmar que a Apple é uma das empresas mais badaladas da atualidade, responsável por produtos que viraram objeto de desejo de milhões de consumidores, como o iPhone e o iPad.
A empresa criada por Steve Jobs também é uma potência no mundo dos negócios, e desbancou a petrolífera Exxon Mobbil do posto de companhia mais valiosa do mundo, com seus cerca de 506 bilhões de dólares.
Mas qual é o real tamanho da Apple? Às vésperas de lançar o iPad HD, chamado informalmente de iPad 3, veja cinco comparações que dão uma noção do porte da gigante da maçã.
Menor que a Petrobras, mas mais lucrativa
A Apple encerrou 2011 com receitas de 108 bilhões de dólares. Apesar de impressionante, a cifra é 26% menor que os 146 bilhões de dólares que a Petrobras gerou de receita no mesmo período.
A vantagem da brasileira, porém, para por aí. Mesmo faturando menos, a Apple apresentou um lucro líquido maior: 26 bilhões de dólares, ante 20 bilhões da estatal brasileira. Em valor de mercado, a Petrobras também fica bem pequena: cerca de 194 bilhões de dólares, contra os 506 bilhões da Apple.
Maior que a Arábia Saudita
Se a Apple fosse um país, seu valor de mercado a colocaria entre as 18 maiores nações do planeta. A Apple seria ligeiramente menor que a Suíça, com seu PIB de 528 bilhões de dólares, segundo a rede de notícias americana CNBC.
Por outro lado, superaria nações tradicionais, como a Bélgica, com seu PIB de 469 bilhões de dólares, e a Arábia Saudita (435 bilhões de dólares).
Para desempacar o PAC
A Apple fechou 2011 com quase 98 bilhões de dólares em caixa (cerca de 172 bilhões de reais). Seria o suficiente para bancar integralmente os seis maiores projetos de infraestrutura em andamento no Brasil, segundo o Anuário EXAME de Infraestrutura 2011-2012.
Estariam na lista a Refinaria Premium 1 (40 bilhões de reais), o trem-bala entre São Paulo e Rio (33,2 bilhões); a usina de Belo Monte (25,9 bilhões); a Refinaria Premium 2 (22 bilhões); a Refinaria Abre e Lima (21,2 bilhões) e a Comperj (20,3 bilhões).
Detalhe: as 1010 obras listadas no anuário demandam investimentos totais de 558 bilhões de reais – daria para vender a Apple, bancar todas e, com o “troco” de 187 bilhões de dólares, comprar praticamente todo o Google, cujo valor de mercado é de pouco mais de 200 bilhões de dólares.
Nem todo o ouro de Nova York bastaria
Se alguém quisesse comprar a Apple, usando, para isso, todo o ouro guardado no prédio do Federal Reserve (o banco central americano) de Nova York, ficaria frustrado. Trata-se do lugar com o maior estoque de ouro do mundo. Estimativas indicam que, ali, estejam guardados o equivalente a 367 bilhões de dólares em ouro, tanto dos Estados Unidos, quanto de outros países.
É mais do que existe no famoso Fort Knox, segundo a CNBC. Ainda assim... não daria para comprar a Apple.
A solução para a Grécia
A Grécia, que está à beira do calote, para desespero da Europa e de investidores de todo o mundo, tem hoje uma dívida total estimada em 350 bilhões de euros – ou 462 bilhões de dólares.
Se a Apple fosse uma estatal grega, não haveria dúvidas – bastava vendê-la, quitar as dívidas e ainda tirar um lucrinho. Claro, se os gregos a administrasse como Tim Cook e, antes dele, o já lendário Steve Jobs.