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O que os bancos estão fazendo para conquistar a geração Y

Para os jovens, incentivos financeiros não bastam para ficar em uma empresa. Por isso, os bancos estão criando formas de conhecê-los melhor e fazê-los aprender


	Jovens: Barclays incentiva que funcionários experientes levem os novatos para reuniões com clientes
 (Ilustração: Cris Vector)

Jovens: Barclays incentiva que funcionários experientes levem os novatos para reuniões com clientes (Ilustração: Cris Vector)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 16 de julho de 2014 às 15h59.

São Paulo - Já é consenso entre empregadores que para manter os funcionários da insatisfeita geração Y é preciso oferecer mais do que dinheiro. Os jovens de hoje não se contentam em construir carreira em uma única empresa e prezam por qualidade de vida.

Por esse motivo, grandes bancos, que tradicionalmente premiam suas equipes com incentivos financeiros atrelados a desempenho, estão reinventando seus instrumentos de motivação.

Segundo o Financial Times, o Goldman Sachs, que antes firmava contratos de apenas dois anos com novos empregados, agora está oferecendo contratos permanentes a eles.

Além disso, a empresa passou a realizar, na hora da contratação, entrevistas pessoais para conhecer melhor os novatos e descobrir quais são os seus valores e objetivos, de forma detalhada.

As medidas foram adotadas por aconselhamento do escritor e consultor Adam Grant, contratado especialmente para identificar como os jovens que trabalham no setor bancário podem conciliar o emprego e os desejos que têm.

No ano passado, os estagiários do Goldman Sachs ouviram do próprio presidente da companhia, Lloyd Blankfein, que deveriam se interessar por outras coisas que não o trabalho.

Na mesma linha, o JPMorgan decidiu estimular, de forma efetiva, que seus funcionários em início de carreira desenvolvam projetos paralelos. De acordo com o jornal, o banco está incentivando que esses profissionais tirem férias de cinco semanas ao ano.

O Barclays, por outro lado, quer garantir que os novatos tenham boas experiências e aprendizado na empresa. Para isso, o banco pediu que eles nomeassem os três melhores e piores gerentes que os acompanham. Aos chefes citados de forma negativa, foi dada a missão de melhorar o desempenho ou, caso contrário,  sofrer cortes no pacote de remuneração. 

A companhia também está pedindo aos empregados mais experientes que levem os mais novos para se reunirem com clientes, segundo o FT. 

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