Negócios

Executivo cortador de custos assume o Pão de Açúcar

Em menos de um ano, Ronaldo Iabrudi, que representa o Grupo Casino no Brasil, foi eleito presidente da rede de supermercados


	Loja do Pão de Açúcar: Após 11 anos, Enéas Pestana deixa a varejista
 (ALEXANDRE BATTIBUGLI/EXAME)

Loja do Pão de Açúcar: Após 11 anos, Enéas Pestana deixa a varejista (ALEXANDRE BATTIBUGLI/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2014 às 14h02.

São Paulo – Na última segunda-feira, Enéas Pestana renunciou à presidência da maior varejista no Brasil, o Grupo Pão de Açúcar. Conforme o esperado pelo mercado desde o ano passado, Ronaldo Iabrudi ocupará o cargo do executivo que há onze anos esteve na companhia.

Representante do Casino no Brasil e nome de confiança de Jean-Charles Naouri, presidente do conselho administrativo da varejista, Iabrudi, que também integrava o conselho do grupo , entrou há menos de um ano no Pão de Açúcar, pouco antes de Abilio Diniz deixar definitivamente a empresa.

Desde então, o nome do executivo começou a ser cotado para cargos altos dentro da companhia, isso porque, apenas um mês depois de ter sido contratado pela varejista, foi indicado para assumir uma posição no conselho de administração do grupo.

Rumores do mercado apontam que sua ascensão meteórica pode estar ligada ao seu peculiar estilo de atuação nas empresas que presidiu.

Modelo de atuação

Psicólogo formado pela PUC de Minas Gerais, Iabrudi está longe de ser uma celebridade do mundo dos negócios, ao contrário de Abilio Diniz, porém sua postura à frente de grandes companhias criou um estilo de comando, chamado de cortador de custos.


De 2001 a 2006, Iabrudi foi presidente da Telemar (atual Oi), onde viveu seus melhores anos, com resultados que ganharam elogios de analistas, além de ter sido sua maior guerra empresarial, o que marcou sua característica de presidir empresas.

Em pouco tempo no comando da Telemar, o executivo lançou uma reestruturação que unificou as operações das 16 companhias comandadas pela holding, reduziu 120 milhões de dólares em custos e enxugou o número de funcionários de 20.629 para 11.886 em apenas um ano. Conta-se que um dos cortes foi realizado na véspera de Natal.

Entre 2007 a 2012, ele esteve à frente do comando da mineradora Magnesita, famosa por produzir produtos refratários. Lá, Iabrudi fez o que sabe de melhor: reduziu custos, cortou 25% dos funcionários nos primeiros meses de sua gestão, vendeu ativos e terceirizou funções.

Sua fama de cortador de custos surtiu efeito e em junho de 2013 entrou para o Grupo Pão de Açúcar, como representante do Casino no país.

Agora, nomeado presidente da varejista, o psicólogo tem nas mãos a missão de dar continuidade aos planos da empresa e ampliar os resultados, como o do quarto trimestre de 2013, que o grupo obteve receita líquida consolidada em 16,8 bilhões de reais, um crescimento de 16,2% em comparação ao mesmo período de 2012.

Acompanhe tudo sobre:CasinoComércioEmpresasEmpresas abertasEmpresas francesasExecutivosExecutivos brasileirosPão de AçúcarPresidentes de empresaSupermercadosVarejo

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'