(Leonhard Foeger/Reuters)
Marina Filippe
Publicado em 27 de outubro de 2021 às 07h00.
Última atualização em 5 de novembro de 2021 às 12h53.
Às vésperas da COP26, um grupo de brasileiros se prepara para embarcar com destino ao evento que ocorre na primeira quinzena de novembro em Glasgow, na Escócia, e participar ativamente das discussões acerca das mudanças climáticas e do futuro da humanidade.
A EXAME estará na COP26. Acompanhe as novidades em primeira mão.
Neste cenário está o Brazil Climate Action Hub, formado em 2019 por diversas organizações da sociedade civil, sendo a gestão da iniciativa a cargo de três instituições: o Instituto Clima e Sociedade (iCS), o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e o Instituto ClimaInfo.
Na COP26 o Hub terá um espaço físico dentro da blue zone, com eventos ao longo das duas semanas. Por lá, espera-se, por exemplo, painéis que debatam o papel do Brasil na limitação do aquecimento global, a participação de comunidades negras e indígenas nas conversas de clima e mais.
“Estamos surpresos com o número de participações de brasileiros nesta COP. Há a confirmação da sociedade civil, ambientalistas, representantes de povos indígenas, movimentos negros, representantes empresariais e muito mais. Temos percebido uma adesão diversa da sociedade brasileira”, diz Cyntia Feitosa, coordenadora de projetos do Instituto do Clima e Sociedade, organização participante do Brazil Climate Action Hub.
Para contemplar o maior número de interessados possíveis, e ir além das barreiras sanitárias da COP que permitirá, em média, 25 pessoas em um painel do Brazil Climate Action Hub, a organização prepara eventos híbridos, com transmissões ao vivo.
“Por conta das restrições o espaço será maior do que na última COP, em Madrid, e terá 80 metros quadrados, sendo 16 metros de um estúdio para gravação de entrevistas e outros conteúdos”, diz Feitosa.
Os participantes desses painéis foram selecionados de forma a gerar uma conversa com agentes diversos, considerando um formulário aberto de consulta, priorizando quem poderia estar presencialmente na Conferência, e tendo a escolha final com ajuda dos organizadores.
De acordo com Feitosa, este mecanismo de participação da sociedade civil é extremamente relevante. “A pandemia evidenciou a efetividade da participação dos grupos e necessidade da presença de quem mais sofre e sofrerá com as mudanças climáticas, como os jovens e a população mais vulnerável”, afirma.
Para ela, apesar do contexto desafiador que deixa muitos representantes de fora da COP por questões logísticas e financeiras ocasionadas também pela pandemia, haverá uma participação relevante de pessoas que merecem destaque nas discussões para além dos líderes governamentais presentes nos eventos oficiais.
O Brazil Climate Action Hub foi criado em 2019 por diversas organizações da sociedade civil brasileira para dar visibilidade à ação climática brasileira durante a COP25, realizada em Madri, na Espanha.
O Hub tornou-se referência do Brasil na Conferência, e foi sede de mais de 50 eventos ao longo de duas semanas de evento, com apresentação de estudos, iniciativas, soluções e experiências de políticas públicas que já estão sendo desenvolvidas no Brasil para atingir os objetivos do Acordo de Paris. Já na COP26, os principais objetivos são:
A programação completa da organização será disponibilizada no site oficial.