A holding Alphabet, companhia mãe do site de buscas Google, está acostumada a dar bons resultados aos investidores, mas há um elefante na sala no balanço que será divulgado nesta segunda-feira. Trata-se do pagamento de 2,7 bilhões de dólares em uma multa aplicada por reguladores europeus à companhia, acusada de comportamento anticompetitivo.

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Embora a multa possa parecer pequena para uma companhia que vale 679 bilhões de dólares, ela já impacta as estimativas de analistas. No segundo trimestre do ano passado, o lucro da Alphabet havia sido de 5,8 bilhões de dólares, um aumento de 21% sobre o lucro do mesmo período no anterior, de 4,8 bilhões. Esse ano, os analistas esperam um baque: o banco Goldman Sachs, por exemplo, cortou as estimativas de lucro por ação pela metade, de 8,64 dólares para 4,60 dólares, em virtude do custo da multa. É esperado um faturamento de 25,6 bilhões de dólares no período.

Mas o real temor não está nos custos e sim no significado da multa. Espera-se que a ação contra o Google possa trazer uma mudança de significado para como a Alphabet realiza suas operações, não só na Europa, como também nos Estados Unidos. A companhia já afirmou que irá recorrer da decisão, mas perguntas sobre como deve lidar com futuras reclamações anti-truste continuam sem respostas. A União Europeia também demanda que o Google mude seu sistema de compras, para deixar de favorecer os que pagam por anúncios.

A rede social Facebook e a varejista digital Amazon também divulgam seus balanços nesta semana, o que deve dar um indicativo de como vai o mercado americano de tecnologia. O Facebook deve apresentar resultados sobre como os vídeos estão funcionando em sua plataforma, e a Amazon mostrará os novos resultados do seu serviço de computação em nuvem, AWS.