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O bilionário de 80 anos que ficou US$ 40 bilhões mais rico num ano – e US$ 2,8 bi mais rico em 24h

Pangestu Prajogo, magnata do mercado petroquímico, investiu em energias renováveis e tem se beneficiado nas duas frentes; sua fortuna é o dobro da do brasileiro mais rico

Aos 80 anos de idade, Prajogo chegou a 57 bilhões de dólares de fortuna pessoal (Getty Images/Getty Images)

Aos 80 anos de idade, Prajogo chegou a 57 bilhões de dólares de fortuna pessoal (Getty Images/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 20 de junho de 2024 às 16h37.

Última atualização em 21 de junho de 2024 às 09h58.

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Não é preciso ser desligado do noticiário para nunca ter ouvido falar no empresário indonésio Prajogo Pangestu. O bilionário da indústria petroquímica é desconhecido para muitos dos leitores mais assíduos do noticiário econômico.

Mas sua meteórica ascensão no ranking de bilionários de 2022 para cá fez de Pangestu uma nova estrela do capitalismo do novo mundo. Aos 80 anos de idade, ele chegou a 57 bilhões de dólares de fortuna pessoal, segundo a revista americana Forbes. É mais que dez vezes o que tinha até 2023 (5,3 bilhões de dólares). Nesta quarta-feira, ninguém ficou mais rico do que ele -- sua fortuna cresceu 2,8 bilhões de dólares em apenas 24 horas.

Pangestu já é o empresário mais rico da Indonésia, e o 27oº mais rico do mundo, à frente de titãs como Masayoshi Son, do Softbank, e com o dobro da fortuna do brasileiro mais bem posicionado no ranking da Forbes, Eduardo Saverin, sócio da Meta.

Filho de um vendedor de borracha, Pangestu tem mais de 50 anos de história no mercado de commodities. A empresa que construiu sua fortuna, a PT Barito Pacific, foi criada em 1979, focada no mercado de madeira. Com o crescimento do país, uma das maiores economias do pujante sudeste asiático, o empresário foi entrando em novos mercados, como petroquímica, energia, imóveis e infraestrutura.

Nos últimos dois anos, tem se beneficiado da alta do preço da demanda por produtos petroquímicos e da crescente procura por fontes renováveis de energia, ganhando nas duas pontas. Hoje, sua petroquímica, a Chandra Asri, é a maior do país. Em 2023, num cenário bem diferente ao encontrado na bolsa brasileira, Pangestu fez o IPO de dois de seus negócios, o que foi essencial para turbinar sua fortuna: a mineradora Petrindo Jaya Kreasi, e a Barito Renewables Energy.

Em 2023 duas de suas empresas foram as campeãs de valorização na bolsa da Indonésia. As ações da Chandra Asri subiram 152% e as da PT Barito Pacific, 80%. Nesta quinta-feira sua fortuna subiu 5%, junto com o valor das ações. Para um empresário que construiu fortuna em negócios com os dois pés fincados em indústrias altamente poluentes, o maior avanço veio com a onda ESG dos últimos anos. Se a demanda por petroquímicos, de um lado, e de energia renovável, de outro, seguir crescendo, Pangestu só tem a ganhar.

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