Loja da Casas Bahia: guerra de preços da Viavarejo teria pressionado margens (Germano Lüders/Exame)
Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2012 às 15h34.
São Paulo – O Grupo Pão de Açúcar deve divulgar, nesta segunda-feira, os números referentes ao segundo trimestre. O ponto que merecerá a maior atenção será o desempenho da Viavarejo, o braço que reúne Casas Bahia e Ponto Frio.
Em relatório assinado pelos analistas Francisco Chevez e Manisha Chaudhry, o banco HSBC teme que uma eventual guerra de preços tenha prejudicado os números da Viavarejo entre abril e junho.
O banco observa que enfraquecimento nas vendas de eletroeletrônicos foi sentido por todos os revendedores. “Como resposta (...), os varejistas, incluindo a Viavarejo, implementaram políticas de preços agressivas”, afirma o relatório.
Margem menor
O problema é o possível reflexo dessa estratégia nas contas do Pão de Açúcar. “A nosso ver, isso deve ter impacto negativo sobre essa divisão [Viavarejo] e as margens brutas consolidadas do 2T [segundo trimestre]”.
O HSBC estima uma margem bruta de 26,6% no período. O banco reconhece que sua estimativa está acima dos 26,5% de consenso de mercado, mas destaca que ela é menor que os 26,8% registrados no primeiro trimestre.
No geral, o HSBC projeta números mais otimistas para o Pão de Açúcar que a média de mercado. A receita líquida estimada pelo banco para o grupo, no segundo trimestre, é de 12,194 bilhões de reais, ante o consenso de mercado de 12,177 bilhões.
O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) esperado é de 740 milhões de reais, ante consenso de 709 milhões. Já a margem de ebitda projetada é de 6,1%, enquanto a média do mercado é de 5,8%.
No segundo trimestre do ano passado, o Pão de Açúcar registrou receita líquida de 11,270 bilhões de reais, ebitda de 641 milhões e margem de ebitda de 5,7%.