Negócios

Número de fusões e aquisições no mundo é o menor desde 2003

Em público, executivos declaram otimismo sobre as perspectivas de negócios, mas cautela ainda é a regra, diz New York Times


	Heinz: compra da empresa pelos brasileiros da 3G Capital e por Buffett é destaque mundial em período fraco
 (Scott Olson/Getty Images)

Heinz: compra da empresa pelos brasileiros da 3G Capital e por Buffett é destaque mundial em período fraco (Scott Olson/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2013 às 16h21.

São Paulo – O número de fusões e aquisições no primeiro trimestre, em todo o mundo, foi o menor desde 2003, segundo dados da agência Thomson Reuters compilados pelo jornal americano The New York Times.

Segundo o NYT, foram fechados 8.115 acordos de fusões e aquisições no planeta, entre janeiro e março. O total movimentado pelos negócios alcançou 542,8 bilhões de dólares. A cifra é 10% maior que a do mesmo período do ano passado, mas ainda é 26% menor que a do primeiro trimestre de 2011.

Para se ter uma ideia do tamanho do marasmo no mundo dos negócios, o NYT comparou o ritmo das fusões, até março, à velocidade de um caracol. “Privadamente, muitos [banqueiros e advogados] concordam que, mesmo com todas as melhorias na economia e nos lucros corporativos, os executivos ainda não têm confiança para assinar um grande negócio”, diz o jornal.

Nuances

Segundo o NYT, algumas regiões do planeta dão sinais de melhora. É o caso dos Estados Unidos, onde o valor total dos negócios pulou 89% ante o mesmo período do ano passado, somando 269,8 bilhões de dólares.

Entre os destaques do mercado americano, o jornal citou a aquisição da Heinz pela 3G Capital, dos brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, em parceria com o megainvestidor Warren Buffett. O negócio, fechado em fevereiro, foi avaliado em 28 bilhões de dólares - ou um pouco mais de 10% do total de fusões fechadas nos Estados Unidos no período.

Já na ponta negativa, está a atribulada Europa, onde os 2.705 acordos fechados no período são “significativamente menores que o do mesmo período do ano passado”, segundo o jornal.

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