Negócios

Novo plano de Elon Musk é um foguete que leva 100 pessoas a Marte

Com o avanço dos foguetes, será possível viajar para Marte; e de Nova York a Shangai em apenas meia hora

CEO da SpaceX, Elon Musk, fala no International Astronautical Congress em 29 de setembro de 2017 (Mark Brake/Getty Images)

CEO da SpaceX, Elon Musk, fala no International Astronautical Congress em 29 de setembro de 2017 (Mark Brake/Getty Images)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 30 de setembro de 2017 às 08h00.

Última atualização em 2 de outubro de 2017 às 09h43.

São Paulo - A semana foi agitada para Elon Musk, bilionário dono da companhia espacial Space X e da montadora de carros elétricos de luxo Tesla.

A Space X, que quer democratizar as viagens espaciais, irá lançar o BFR, sigla para "Big Fucking Rocket". A nave deve servir de táxi aéreo e viajar para qualquer lugar do planeta em menos de uma hora. O mesmo foguete será usado para iniciar a colonização em Marte em 2022.

Ela terá cerca de 40 cabines para transportar 100 pessoas a cada viagem. Na órbita terrestre, os foguetes teriam velocidade máxima de 27 mil quilômetros por hora.

Ele fez o anúncio durante o Congresso Internacional Astronômico na Austrália. Veja aqui a palestra completa.

Em seu Instagram, Musk disse que, com o avanço dos foguetes, será possível viajar para qualquer lugar do mundo em apenas meia hora, no máximo uma hora. De Nova York a Shangai, de Londres a Dubai, o objetivo é encurtar as distâncias no planeta.

O mais impressionante é o preço: segundo ele, a tarifa por assento será a mesma que um voo na classe econômica em qualquer companhia aérea.

//platform.instagram.com/en_US/embeds.js

Musk publicou um vídeo que mostra como será essa viagem espacial, incluindo simulações de decolagem e separação dos propulsores.

O vídeo termina com uma projeção de como seria a colonização em Marte. Musk acredita que, aos poucos, o planeta vermelho seria colorido de azul e verde com o surgimento de vegetação.

A ideia é que o propulsor que levar a nave volte à Terra para levar mais combustível à nave. O abastecimento seria feito no espaço. Dessa forma, diminuiria o peso da nave e grande parte dos componentes poderia ser reutilizada.

Para ele, não faz sentido construir foguetes gigantes e sofisticados e descartá-los a cada voo.  O Falcon 9, um dos foguetes da companhia, já reutiliza um de seus componentes mais caros.

Musk afirma que a empresa irá financiar esse projeto com as receitas vindas dos atuais lançamentos de satélites.

Nos últimos anos, a empresa já realizou 16 pousos com propulsão bem-sucedidos. Com o sucesso, ela planeja aumentar o número de lançamentos de foguetes por ano. Hoje, são cerca de 60 lançamentos por ano. No ano que vem, a Space X quer fazer cerca de 30 viagens.

No entanto, o prazo é curto. Até 2022, a empresa quer pousar pelo menos dois foguetes não tripulados em Marte. Eles irão verificar a existência de água e outros recursos. Essas primeiras naves também irão instalar fontes de energia, mineração e infraestrutura inicial.

Dois anos depois, a empresa irá enviar mais 4 naves, duas delas tripuladas, que começarão a construir uma cidade em Marte.

O bilionário sonha até com uma base espacial na lua. "É 2017, já deveríamos ter uma base na lua, o que está acontecendo?", afirmou, sob aplausos.

Para o empresário futurista, "o futuro é muito mais excitante e interessante se formos uma civilização e espécie interplanetária do que se não formos”.

//platform.twitter.com/widgets.js

Acompanhe tudo sobre:Elon MuskEspaçoFoguetes

Mais de Negócios

"Tinder do aço": conheça a startup que deve faturar R$ 7 milhões com digitalização do setor

Sears: o que aconteceu com a gigante rede de lojas americana famosa no Brasil nos anos 1980

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões