Ecosport: Ford prepara modelo para ser vendido mundialmente (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
São Paulo - Se, no final da década de 90, a direção da matriz da Ford cogitou deixar o mercado brasileiro, hoje a situação mudou completamente. Em 2010, a empresa completou 26 trimestres consecutivos de lucro e fez do Brasil o terceiro maior mercado da Ford, atrás apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido.
Até 2015, serão investidos 4,5 bilhões de reais no país para a modernização de fábricas, aumento da capacidade produtiva, novas tecnologias e produtos. Entre tantas cifras, uma novidade: a nova família do Ecosport será produzida com engenharia brasileira e será vendida globalmente.
"Posso dizer que chega ao mercado antes de 2014", disse Marcos de Oliveira, presidente da Ford para o Mercosul, em simpósio sobre tendências e inovações do setor automotivo, realizado pelo SAE Brasil, nesta segunda-feira (30/8).
Fusion híbrido
Além dos novos modelos do Ecosport, a Ford quer trazer ao Brasil o Fusion híbrido elétrico, o carro do ano nos Estados Unidos. A previsão de chegada deste modelo no mercado internacional é entre 2011 e 2012. "Esses modelos ainda atendem uma frota pequena por conta da autonomia, que deve ser melhorada", diz Oliveira.
Carros elétricos estão fora dos planos da montadora para o Brasil, pelo menos por enquanto. Mas, em compensação, a Ford estuda uma nova família de caminhões, a ser lançada em breve.
O crescimento do mercado brasileiro chamou a atenção do presidente mundial da montadora, Allan Mulally, que afirmou: "o Brasil é o centro do universo". Para continuar com um crescimento sustentável, o presidente da unidade brasileira reforça a importância de uma equipe de engenheiros qualificada.
Centro de pesquisa
Hoje, são 1.200 profissionais que trabalham para desenvolver os modelos da companhia. O país conta ainda com um centro de desenvolvimento da Ford em Camaçari (BA) - um dos cinco da empresa no mundo.
Segundo Oliveira, a Ford baseia sua estratégia numa ampla oferta de modelos, desde os compactos até caminhões, além da renovação de carros consagrados, como o Ka e o Fiesta. Com essa estratégia global, a montadora espera aumentar sua participação no mercado, hoje em 10,3%. Para tanto, espera 350.000 unidades neste ano.
A montadora também está de olho no mercado asiático. Oliveira diz que a montadora planeja construir mais fábricas na região - principalmente Índia - nos próximos cinco anos para aumentar a participação de aproximadamente 3% de mercado na região.
Leia mais sobre o setor automotivo
Acompanhe as notícias de negócios do site EXAME no Twitter