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Nove membros da antiga PT farão parte do conselho da Oi

Companhia continua sob forte influência portuguesa.


	Loja da Oi em shopping em São Paulo
 (Nacho Doce/Reuters)

Loja da Oi em shopping em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2015 às 17h21.

São Paulo - Após a anuência prévia da Anatel, a Oi convocou uma assembleia geral extraordinária para o dia 1º de setembro para deliberar sobre a incorporação da Telemar Participações, aprovar o novo estatuto social da empresa, abrir o prazo de conversão de ações preferenciais em ordinárias e a eleição do novo Conselho de Administração. Esse novo grupo que deverá ser eleito mostra que a companhia continua sob forte influência portuguesa: a Pharol SGPS, antiga Portugal Telecom, deverá ter nada menos que nove membros.

Segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na sexta-feira, 31, desses nove, quatro serão efetivos e cinco suplentes em um quadro com total de 22 membros. Mesmo com essa presença portuguesa, o presidente do Conselho continuará a ser José Mauro Mettrau.

Destaca-se entre os efetivos portugueses a presença do próprio presidente da Pharol, Luís Palha da Silva, que assumiu a presidência da empresa em maio último, após a saída de Henrique Granadeiro. Outros dois nomes portugueses que terão cadeiras efetivas são de Francisco Ravara Cary e Jorge Telmo Maria Freire Cardoso, ambos representantes da Novo Banco (antigo Banco Espírito Santo) na Pharol. O quarto nome é o de Rafael Luís Mora Funes, administrador da Ongoing, grupo empresarial português que detinha participação na PT e no Banco Espírito Santo, além de empresas de mídia em Portugal e no Brasil.

O presidente da Ongoing, Nuno Vasconcellos, entrará como suplente no Conselho da Oi. Na época em que as negociações caminhavam para a formação da entidade única CorpCo, Vasconcellos havia saído da proposta para compor o time.

Compõem ainda o time de suplentes: João Manuel Pisco de Castro, representante da sociedade gestora de participações sociais Grupo Visabeira; Pedro Zañartu Gubert Morais Leitão, ex-administrador da Oni Telecom (antigo ativo da PT) e que havia saído após a compra da PT Portugal pela francesa Altice; João Vicente Ribeiro, que foi presidente da PME Investimentos; e Vitor Fernando da Conceição Gonçalves, professor do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) de Lisboa.

Embora mantenha forte presença portuguesa compondo pouco menos da metade do Conselho, a Pharol deterá, diretamente e por meio de subsidiárias, 84.167.978 ações ordinárias e 108.016.749 ações preferenciais da Oi. A empresa (e todas as demais) é limitada a 15% do total de ações com direitos a voto.

Brasileiros

Dentre os acionistas brasileiros, fora Mettrau, há presença de representantes do BNDES: o vice-presidente Fernando Marques dos Santos (suplente), além Sérgio Franklin Quintella (efetivo), Joaquim Dias de Castro (suplente) e Luiz Antonio do Souto Gonçalves (efetivo). Vale ressaltar que Quintella também foi membro do conselho de administração da Petrobras entre 2009 a 2015, estando ligado à gestão de Graça Foster na empresa.

Ligados ao Grupo Jereissati estão Ricardo Malavazi Martins (efetivo), Cristiano Yazbek Pereira (suplente), Thomas Cornelius Azevedo Reichenheim (efetivo) e Sérgio Bernstein (suplente). Do grupo Abril está Marcos Grodetzky (suplente), enquanto Marten Pieters (efetivo) é ex-CEO da Vodafone na Índia.

Envolvida com as operações Lava Jato, a Andrade Guiterrez não conta com nenhum representante direto. No entanto, entrará a britânica/canadense especialista em telecomunicações Robin Bienenstock, que havia sido indicada para a administração da CorpCo pela empreiteira em outubro. Oficialmente, a administração da Oi diz que Robin, Pieters, Grodetsky e Vitor Gonçalves foram indicados pela Telemar Participações e se caracterizam como Conselheiros Independentes.

O mandato dos 22 membros vai durar até a assembleia geral que aprovará as demonstrações financeiras do exercício social findo em 31 de dezembro de 2017.

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