PF deflagrou nesta quinta-feira, 11, a Operação E o Vento Levou, quarta fase da Descarte (Vagner Rosário/VEJA)
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de abril de 2019 às 08h14.
Última atualização em 11 de abril de 2019 às 08h15.
São Paulo - A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira, 11, a Operação E o Vento Levou, quarta fase da Descarte. A ação é conjunta da PF, da Receita e do Ministério Público Federal.
O objetivo da operação é apurar o desvio de dinheiro da empresa Cemig Geração e Transmissão por meio do aporte de R$ 850 milhões na empresa Renova Energia S.A., com posterior repasse de parte deste recurso por meio do superfaturamento de um contrato com a empresa Casa dos Ventos e escoamento dos valores através de sua transferência a várias empresas. Em seguida, o dinheiro foi convertido em espécie e distribuído a diversas pessoas.
A PF investiga a participação de executivos e acionistas da Andrade Gutierrez, Cemig, Renova e da Casa dos Ventos na fraude - além dos operadores financeiros e outras empresas usadas para escoar o dinheiro desviado.
Foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo vinte e seis mandados de busca e apreensão para os endereços das pessoas e empresas envolvidas com os fatos investigados, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Taubaté (SP), Nova Lima (MG) e Mogi das Cruzes (SP).
Aos investigados poderão ser imputados, na medida de sua participação nos fatos, os crimes de associação criminosa (art. 288 do Penal), peculato (art. 312 do Código Penal), evasão de divisas (art. 22 da Lei 7.492/86) e lavagem de dinheiro (art. 1º da Lei 9.613/98), e falsidade ideológica (art. 299 do Código Penal) cujas penas, somadas, poderão resultar em 9 a 38 anos de prisão.
O nome da fase da operação remete à área de atuação da empresa e ao esquema de lavagem de dinheiro para escoamento dos valores desviados do seu caixa.
A reportagem está tentando localizar os citados. O espaço está aberto para manifestação.