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Nokia Siemens pode cortar 8.500 empregos

As demissões representariam um corte de 17% no número de funcionários da companhia


	A Nokia Siemens, com sede em Espoo, Finlândia, já eliminou mais de 20.000 empregos nos últimos dois anos devido à queda de vendas
 (Henrik Kettunen/Bloomberg)

A Nokia Siemens, com sede em Espoo, Finlândia, já eliminou mais de 20.000 empregos nos últimos dois anos devido à queda de vendas (Henrik Kettunen/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2013 às 14h23.

Munique – A Nokia Siemens Networks, fabricante de equipamentos para celulares, que será administrada pela Nokia Oyj, está examinando a possibilidade de reduzir aproximadamente 8.500 postos de trabalho para aumentar a rentabilidade devido a uma diminuição das vendas, segundo três fontes do setor.

Uma possibilidade que está sendo discutida na empresa reduziria o número de funcionários a 42.000 até o final de 2014, uma redução de 17 por cento, em parte através da venda ou fechamento de fábricas e com a terceirização de operações de fabricação, disseram as fontes, que solicitaram anonimato por serem objetivos internos.

A companhia tinha aproximadamente 50.500 funcionários no fim de junho. Ainda não foram tomadas decisões definitivas e todos os planos teriam que ser aprovados pela nova proprietária, a Nokia.

A Nokia Siemens, com sede em Espoo, Finlândia, já eliminou mais de 20.000 empregos nos últimos dois anos devido à queda de vendas causada pela concorrência de companhias como a Ericsson AB, a Huawei Technologies Co. e a ZTE Corp. A receita caiu 17 por cento no último trimestre.

Hoje a Nokia mudou o nome da unidade de redes para Nokia Solutions and Networks após completar a aquisição de 1,7 bilhões de euros (US$ 2,3 bilhões) da participação da Siemens AG na empresa.

O acordo dá à deficitária companhia finlandesa de celulares pleno acesso ao caixa da Nokia Siemens, que está examinando a possibilidade de vender um título de 500 milhões de euros para ajudar a financiar o pagamento de aproximadamente 900 milhões de euros em dívidas à Nokia, segundo as fontes.

A unidade também está estudando a conveniência de vender fábricas na Finlândia, na Índia e na China e há negociações em andamento com fabricantes terceirizados, disseram as fontes.


Venda frustrada

A Nokia e a Siemens abandonaram as negociações com compradores de private-equity em 2011 para uma possível venda da empresa porque eles não conseguiram encontrar ofertas atraentes. Depois, no final de 2011, a Nokia Siemens iniciou um programa de redução de 17.000 empregos, 23 por cento do total.

A Nokia Siemens é a única unidade rentável da Nokia, que está tendo dificuldade para reduzir perdas e reverter a queda nas vendas do ramo telefônico. A divisão de redes apresentou uma margem operacional ajustada de 11,8 por cento no último trimestre e uma posição de caixa líquido de 1,45 bilhão de euros.

Acordos de títulos

A Nokia Siemens arrecadou 800 milhões de euros em abril com a venda de bônus a cinco e sete anos para amortizar a dívida atual. O contrato dos títulos com vencimento em 2018 permite aos donos da Nokia Siemens utilizar o caixa do negócio de celulares se o saldo dos últimos 12 meses for positivo, o caixa bruto for superior a 2 bilhões de euros e tiver uma posição de caixa líquido após o dividendo.

O presidente da Nokia, Stephen Elop, afirmou em julho que a companhia não planeja integrar a Nokia Siemens. O rating da Nokia foi cortado até junk pela S&P e está sob revisão da Moody’s Investors Service depois da aquisição.

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