Fábrica da Nokia: empresa vendeu seu outrora dominante negócio de telefones para a Microsoft (Getty Images/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 24 de julho de 2014 às 07h39.
Helsinque - A fabricante finlandesa de equipamentos de telecomunicações Nokia anunciou nesta quinta-feira uma margem de lucro trimestral mais forte que o esperado em suas unidade de redes, a principal da companhia, e disse que suas expectativas para o ano inteiro melhoraram. A Nokia vendeu seu outrora dominante negócio de telefones para a Microsoft em abril.
Após o acordo, quase 90 por cento das vendas da Nokia vêm da sua unidade de redes. O trimestre de abril a junho foi o primeiro com o presidente-executivo Rajeev Suri no comando. Ele foi promovido em abril da sua função anterior de chefe da unidade de redes.
A empresa registrou lucro operacional para o negócio de redes de 281 milhões de euros (378 milhões de dólares) no segundo trimestre, queda de 14 por cento sobre um ano antes, mas bem acima dos 197 milhões previstos, em média, por analistas em uma pesquisa da Reuters.
"Esta foi uma divulgação de resultados muito forte em todos os aspectos", disse o analista Mikael Rautanen, da Inderes. "A rentabilidade de redes superou todas as expectativas e, como a cereja do bolo, eles aumentaram a meta para o ano da rentabilidade da unidade de redes".
A margem operacional da unidade foi de 11 por cento, em comparação com as previsões de 7,7 por cento na pesquisa da Reuters com analistas.
"Nossas expectativas para o ano de 2014 melhoraram e agora esperamos que a rentabilidade do ano para redes fique na nossa meta de longo prazo de 5 a 10 por cento, ou ligeiramente acima dela", disse o presidente-executivo, Rajeev Suri, em comunicado.
O lucro do grupo Nokia no trimestre foi de 0,06 euro por ação, à frente da expectativa de 0,04 euro por papel. A posição líquida de caixa da Nokia no final de junho alcançou 6,5 bilhões de euros, contra 2,1 bilhões no final de março, antes da venda da unidade de celulares ter sido fechada, disse a Nokia.
A companhia já afirmou que planeja retornar 3,1 bilhões de euros para os acionistas, mas não revelou o que pretende fazer com o restante do dinheiro.