Empregados afetados seguirão trabalhando para a Nokia até o fim de 2011. Plano faz parte de redução de custos em até um bilhão de euros (Jens Koch/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 27 de abril de 2011 às 07h14.
Helsinque - O grupo finlandês Nokia, o maior fabricante de telefones celulares do mundo, anunciou nesta quarta-feira que cortará cerca de sete mil postos de trabalho antes do fim de 2012.
A Nokia repassará à empresa de consultoria tecnológica Accenture três mil empregados e o desenvolvimento e gestão de seu sistema operacional Symbian, anunciou a empresa em comunicado.
Outros quatro mil postos de trabalho serão eliminados nos próximos 18 meses, principalmente na Finlândia, na Dinamarca e no Reino Unido.
O anúncio acontece seis dias depois de a gigante finlandesa ter selado sua aliança com a Microsoft para trabalhar com a empresa americana no sistema operacional Windows Phone, a fim de competir com o iOS da Apple e o Android do Google.
Com estas medidas, a gigante finlandesa procura cortar seus gastos operacionais em 1 bilhão de euros para o ano de 2013 com relação a 2010, segundo indicou a companhia em comunicado.
Além disso, a Nokia deve reorganizar suas atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D), outorgando a cada um de seus centros uma função específica, o que levará à expansão de alguns e à redução ou ao fechamento de outros.
Os empregados afetados seguirão trabalhando para a Nokia até o fim de 2011, quando terá início um processo de redução de pessoal por fases que concluirá antes de dezembro de 2012, segundo a empresa.
Em virtude do acordo com a Accenture, a Nokia se compromete a adquirir no futuro novos programas e serviços baseados tanto no sistema Symbian como no Windows Phone.
"Na Nokia, temos mais claro o caminho a seguir, que se centra em nossa liderança no mercado de telefones inteligentes e de outros dispositivos móveis", afirmou em comunicado o executivo-chefe do grupo finlandês, Stephen Elop.
Segundo Elop, a Nokia lançou um amplo programa de responsabilidade social para os empregados e municípios que serão afetados pela redução de pessoal, em colaboração com as autoridades locais.
"Vamos oferecer aos que perderem seus empregos uma série de opções, desde o apoio individual para o reemprego e a recapacitação até a realização de investimentos para promover a inovação com vários parceiros, a fim de criar novas oportunidades de trabalho", assinalou Elop.