Neymar no Paris Saint-Germain (Christian Hartmann/Reuters)
Karin Salomão
Publicado em 19 de fevereiro de 2018 às 15h01.
A vida de Neymar não anda nada fácil dentro e fora de campo. Após a derrota de seu time para o Real Madrid pela Champions League na semana passada e as críticas dos comentaristas, com destaque para o ex-jogador Casagrande, nesta segunda-feira foi a vez da Folha de S.Paulo trazer uma nova polêmica a tona: um contrato do jogador com a Rede Globo.
De acordo com a reportagem do jornal, o acordo foi firmado em 2014 e esteve vigente até pelo menos 2015. O objetivo era garantir a participação do atacante em atrações da emissora, além da utilização de conteúdo produzido pelo atleta ou sua equipe.
“O contrato citado não existe mais. Firmado em 2014, referia-se a participações especiais de Neymar em programas e em campanhas da emissora, bem como ao uso de conteúdos audiovisuais produzidos pelo jogador”, disse a emissora por meio de um comunicado.
Ainda segundo a matéria, embora o contrato não impedisse Neymar de participar de programas de outros veículos, ele dava para a Globo algumas vantagens, como informações e entrevistas exclusivas, por exemplo.
A Folha teve acesso a um processo de 6.342 páginas (em sigilo de Justiça) que teve a Neymar Sports e Marketing e a N&N Consultoria Esportiva como rés. A ação foi iniciada pelo ex-assessor de Neymar, Eduardo Musa. O caso foi encerrado após um acordo de pagamento de R$ 3 milhões para Musa.
O que chama mais atenção, entretanto, são alguns trechos de trocas de e-mail reveladas pela Folha. Neles, o assessor e Neymar da Silva Santos falam sobre as interferências que gostariam de fazer no conteúdo jornalístico da emissora, no que diz respeito as matérias sobre o jogador. “Tinha sido garantido que a entrevista seria gravada e, caso algum assunto, pergunta ou resposta não fosse adequada, poderia solicitar que fosse excluída”, disse o pai do atleta.