Google: empresa sofre acusações de promover seus próprios serviços às custas de outras (Jason Alden/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2014 às 11h30.
São Paulo - O presidente-executivo da News Corp, Robert Thomson, instou reguladores europeus a reconsiderarem o acordo com o Google sobre suas práticas de busca, chamando a companhia de Internet de um agregador "odioso" e uma "plataforma de pirataria".
Em carta enviada na semana passada ao comissário europeu para a competição, Joaquín Almunia, Thomson disse que o Google está "disposto a abusar de sua posição dominante no mercado para sufocar a concorrência", e que a visão dos fundadores do Google havia sido substituída por uma "administração cínica".
A News Corp divulgou nesta terça-feira um comunicado tratando da carta.
O Google tem sido alvo de investigação da Comissão Europeia desde novembro de 2010, quando mais de uma dúzia de queixosos, incluindo a Microsoft, acusaram a companhia de promover seus próprios serviços às custas de outras.
O acordo, que pode permitir que o Google evite uma multa de até 5 bilhões de dólares, exige que o maior motor de busca da Internet mostre os links de rivais com maior destaque.
O Google chegou a este acordo com o chefe antitruste em fevereiro, mas pode precisar oferecer concessões adicionais aos rivais.
"Sua decisão de reconsiderar a oferta de acordo do Google chega em um momento crucial na história do fluxo livre de informações e de uma mídia saudável na Europa e outros lugares", escreveu Thomson.
A News Corp tem participações em negócios na Europa, incluindo no The Times, The Sun e The Wall Street Journal Europe, em uma rede de agências de notícias de negócios, e no negócio editorial HarperCollins.
O Google não pôde ser encontrado de imediato para comentar.