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Netshoes faz acordo para notificar clientes sobre ataque hacker

O Ministério Público do Distrito Federal notificou a companhia em janeiro para que informasse os cerca de 2 milhões de usuários atingidos pelo vazamento

Netshoes: afirmou que os hackers tentaram extorquir a empresa com a liberação dos dados e a companhia "comunicou este fato a autoridades no Brasil" (Marina Demartini/Site Exame)

Netshoes: afirmou que os hackers tentaram extorquir a empresa com a liberação dos dados e a companhia "comunicou este fato a autoridades no Brasil" (Marina Demartini/Site Exame)

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Reuters

Publicado em 27 de fevereiro de 2018 às 15h56.

São Paulo - A varejista online Netshoes vai contatar cerca de 2 milhões de clientes afetados por um ataque hacker ocorrido em dezembro envolvendo operações da empresa no Brasil e que resultou na divulgação de dados não bancários dos usuários, informou a companhia nesta terça-feira.

A empresa apresentou mais cedo ao órgão regulador dos mercados de capitais dos Estados Unidos (SEC) comunicado relatando o incidente, em que afirma ter expectativa de informar até abril os clientes atingidos pelo incidente.

O Ministério Público do Distrito Federal notificou a companhia em janeiro para que informasse os cerca de 2 milhões de usuários atingidos pelo vazamento. Uma nova reunião do MPF com a empresa ocorreu semana passada sobre a forma como a notificação dos clientes ocorreria.

"Na ocasião, foi acordado que a empresa fará a comunicação pessoal, por meio de contato telefônico, a todos os clientes que tiveram seus dados disponibilizados por terceiros na internet", afirmou a Netshoes em comunicado à imprensa.

No texto à SEC, a Netshoes afirmou que os hackers tentaram extorquir a empresa com a liberação dos dados e a companhia "comunicou este fato a autoridades no Brasil". A polícia está investigando a identidade dos hackers.

A companhia afirmou que "após minuciosa apuração interna - que contou com apoio de empresa especializada em segurança digital e comunicação à Polícia Federal desde o início do caso - chegou-se à conclusão, em linha com comunicados anteriores da companhia, de que não há qualquer indício de invasão à sua estrutura tecnológica".

"Durante todo o processo, o objetivo foi solucionar o crime virtual, não ceder a qualquer extorsão e proteger seus consumidores", afirmou a companhia, acrescentando que não negocia, nem nunca negociará, com criminosos.

As ações da empresa nos EUA subiam 0,25 por cento às 13:05, cotadas a 8,02 dólares.

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