Negócios

Netshoes contrata banco para buscar novo investidor

A procura da Netshoes por compradores foi antecipada pelo blog Primeiro Lugar On-Line


	Corredor no estoque do centro de distribuição da Netshoes, em Barueri: a empresa precisaria de dinheiro novo para financiar sua expansão
 (Luísa Melo/Exame.com)

Corredor no estoque do centro de distribuição da Netshoes, em Barueri: a empresa precisaria de dinheiro novo para financiar sua expansão (Luísa Melo/Exame.com)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de março de 2014 às 10h02.

São Paulo - A rede de varejo de produtos esportivos online Netshoes está em busca de um novo investidor, segundo fontes de mercado. A empresa, fundada pelo empresário Marcio Kumruian, precisaria de dinheiro novo para financiar sua expansão. Para isso, contratou o banco Morgan Stanley para selecionar potenciais candidatos a investidor.

Com investimento de quatro fundos - os americanos Tiger Global e Iconiq, o latino-americano Kaszek Ventures e o Temasek, de Cingapura -, a empresa trabalha com duas possibilidades, apurou o jornal O Estado de S. Paulo.

A primeira é a atração de capital novo, de um novo sócio, que se juntaria aos cotistas atuais - estratégia preferida dos fundos. Outra é a venda da operação, que agradaria mais ao fundador, que não teria condições de acompanhar os sócios em um aumento de capital. “As opções dele são vender o negócio ou ter a participação diluída”, diz uma fonte a par das conversas.

Caso a saída seja a venda, fontes de mercado apontam candidatos como as varejistas americanas Walmart e Amazon, com vantagem para a primeira. Fundos de private equity locais também já teriam sido procurados pela companhia.

Uma estratégia de capitalização aventada em 2013 - a abertura de capital da bolsa eletrônica Nasdaq, em Nova York - não teria gerado interesse.


Crescimento

A Netshoes é considerada um caso emblemático da expansão do comércio eletrônico brasileiro. A empresa começou em 2000, com uma loja física em São Paulo, mas focou no online em 2007.

Cresceu rapidamente desde então. Em 2012, a companhia faturou R$ 1,15 bilhão. No entanto, o prejuízo ficou em quase R$ 80 milhões, mais do que o dobro da perda de 2011.

Fontes de mercado disseram que a empresa precisa provar que consegue ter uma operação azeitada o suficiente para ser lucrativa. É justamente por operar no vermelho que a companhia precisaria de outra rodada de investimentos.

A estratégia da Netshoes se concentra na venda de produtos de grandes marcas, como Nike e Adidas - que recentemente “turbinaram” suas plataformas de e-commerce no País. Outras redes online rivais, como a Dafiti, migraram para produtos de marcas próprias, que teriam margem maior.

Procurado pela reportagem, Marcio Kumruian, fundador da Netshoes, não comentou o assunto. Colaborou Mônica Scaramuzzo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:acordos-empresariaisBancosComércioEmpresas de internetFinançaslojas-onlineNetshoesVarejo

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'