Stranger Things: Netflix teve receitas de 2,99 bilhões de dólares no último trimestre (Netflix/Divulgação)
Karin Salomão
Publicado em 29 de outubro de 2017 às 08h00.
Última atualização em 2 de janeiro de 2018 às 10h55.
São Paulo - Seja para financiar crescimento, seja para aumentar a participação em uma empresa promissora, três grandes empresas de tecnologia anunciaram investimentos esse mês.
Google investiu na Lyft, concorrente da Uber, da qual era parceira até um processo. A Uber recebeu investimentos da Softbank e a Netflix pediu empréstimos para financiar a produção de conteúdo próprio.
Veja abaixo mais sobre o que essas empresas pretendem com o caixa reforçado.
A Lyft recebeu um investimento de 1 bilhão de dólares da CapitalG, braço de investimentos da Alphabet, dona do Google.
A investidora já havia comprado uma fatia na Uber e era parceira da empresa no desenvolvimento de carros autônomos. No entanto, em fevereiro deste ano, a Waymo, desenvolvedora de carros da Google, processou a Uber alegando roubo de propriedade intelectual.
A Waymo se voltou, então, à Lyft para firmar essa parceria. Segundo a Forbes, o investimento bilionário sinaliza que o Google acredita no crescimento da Lyft e deseja ser mais que apenas um parceiro.
A Uber não ficou atrás. A plataforma de transporte aceitou um investimento da companhia japonesa SoftBank.
A investidora já tem fatias consideráveis em vários rivais, como a chinesa Didi Chuxing, Ola na Índia, Grab na Ásia e até na brasileira 99.
Segundo a CNN, a intenção do SoftBank é acumular participação nessas empresas para, algum dia, ter uma fatia valiosa em uma companhia resultante de fusões entre as rivais.
Para a Forbes, o investimento pode ser entre 5 e 7 bilhões de euros.
Fazer maratonas de séries na Netflix é um bom negócio, pelo menos para a companhia de straming.
A companhia teve receitas de 2,99 bilhões de dólares no último trimestre, crescimento de 30%. Mais de 5,3 milhões de novos consumidores se inscreveram no serviço no último trimestre.
Grande parte desse crescimento vem do atrativo de conteúdos exclusivos que a empresa produz. De acordo com o Business Insider, a empresa irá lançar 80 filmes no próximo ano - em 2017, foram 50. A produção de conteúdo já é responsável por 25% dos gastos da companhia.
Na sua divulgação de resultados, no início da semana passada, a companhia afirmou que irá gastar ainda mais, entre 7 e 8 bilhões de reais no próximo ano na produção de conteúdo próprio.
Para financiar essa empreitada, ela irá arrecadar mais 1,6 bilhão em dívidas.