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Nestlé se defende de acusações de apoiar trabalho escravo

A empresa suíça se defendeu das acusações de que apoiaria o trabalho escravo em um pesqueiro na Tailândia, ao utilizar marisco obtido em condições de escravidão


	Nestlé: "o trabalho escravo não tem espaço em nossa cadeia de abastecimento", afirma um comunicado
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Nestlé: "o trabalho escravo não tem espaço em nossa cadeia de abastecimento", afirma um comunicado (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2015 às 18h39.

A empresa suíça Nestlé se defendeu nesta sexta-feira das acusações de que apoiaria o trabalho escravo em um pesqueiro na Tailândia, ao utilizar marisco obtido em condições de escravidão na produção de comida para gatos.

"O trabalho escravo não tem espaço em nossa cadeia de abastecimento", afirma um comunicado enviado à AFP pelo grupo suíço, depois que uma ação coletiva foi apresentada nos Estados Unidos contra a empresa na quinta-feira.

Compradores de produtos para animais acusam a Nestlé de "apoiar com conhecimento de causa" um sistema de escravidão e de tráfico de seres humanos para produzir alimentos para gatos da marca Fancy Feast, escondendo sua cumplicidade com violações dos direitos humanos, afirma um comunicado do escritório de advocacia americano Hagens Berman.

Segundo a demanda, a Nestlé trabalha com a Thai Union Frozen Products PCL para importar 12.000 toneladas de comida para gatos destinadas às grandes marcas vendidas nos Estados Unidos. Parte dos ingredientes destes produtos procede do trabalho escravo.

Homens e crianças, geralmente vítimas de tráfico de seres humanos em Mianmar e no Camboja, são vendidos a capitães de barcos pesqueiros que necessitam de tripulação, segundo a ação judicial.

O grupo suíço alega que trabalha com um código ético que obriga seus fornecedores a respeitar os direitos humanos e a legislação do trabalho.

A empresa se associou à ONG Verité, que compila informações sobre navios de pesca, fábricas e granjas na Tailândia, e visita os portos do sudeste asiático para detectar violações dos direitos humanos.

A ONG publicará suas conclusões e um plano de ação no quarto trimestre.

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