Negócios

Negócio entre Stone e Linx pode gerar receita adicional de R$ 1,5 bilhão

Segundo analistas do Credit Suisse, o acordo entre a processadora de pagamentos e a fabricante de software de gestão "une o melhor dos dois mundos"

Stone: empresa deve se tornar um concorrente ainda mais forte (Germano Lüders/Exame)

Stone: empresa deve se tornar um concorrente ainda mais forte (Germano Lüders/Exame)

NF

Natália Flach

Publicado em 12 de agosto de 2020 às 12h05.

A aquisição da fabricante de software de gestão para o varejo Linx pela processadora de pagamentos Stone vai unir "o melhor dos dois mundos", segundo os analistas Daniel Federle e Felipe Cheng do Credit Suisse. "Vemos um forte fundamento lógico na combinação de software e pagamentos. Com a Linx, a Stone poderá oferecer as melhores soluções em uma plataforma de comércio omnicanal completa para comerciantes de todos os tamanhos", escrevem os especialistas em relatório.

O acordo de cerca de 6 bilhões de reais (ou 33,76 reais por ação da Linx) foi anunciado na noite de terça-feira, 11, mas ainda precisa ser aprovado pelo pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pelos acionistas. Embora sinergias de custo sejam esperadas, a maior parte dos ganhos deve vir de vendas cruzadas. Em geral, a venda do software Linx para os clientes de Stone não deve adicionar muito à taxa de assinatura existente, mas as soluções de e-commerce podem aumentar as vendas dos clientes e aumentar a taxa de aceitação. "Além disso, estimamos que a venda de pagamentos para 100% (irreal) dos clientes da Linx adicionaria aproximadamente 1,5 bilhão de reais em receitas."

As duas empresas relataram resultados muito fortes no segundo trimestre, superando o consenso e as estimativas do Credit. Stone mostrou uma forte aceleração do total de transações (42% em julho) e margens acima do esperado. "Superou nossa estimativa de lucro líquido em 13%, além de bons resultados em crédito e software", escreveram. Já a Linx reportou uma boa aceleração da receita impulsionada por soluções de e-commerce e um grande salto na margem Ebitda auxiliada por iniciativas de corte de custos, algumas delas não recorrentes, superando a estimativa de Ebitda em 20%.

"Outras implicações: a Stone deve se tornar um concorrente ainda mais forte. Não tem muito impacto no segmento de micro-comerciantes. Possivelmente um risco para a Totvs no varejo."

Acompanhe tudo sobre:Credit SuisseFusões e AquisiçõesLinxStone

Mais de Negócios

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'

Martha Stewart diz que aprendeu a negociar contratos com Snoop Dogg