Negócios

Negociação entre Smiles e Gol sobre incorporação pode levar 3 meses

O plano anunciado pela companhia aérea é parte de uma reestruturação societária mais ampla desenhada para levar o grupo ao Novo Mercado da B3

Smiles: na quinta, acionistas da se reúnem em assembleia extraordinária para votar a proposta de reforma estatutária que, se aprovada, abre caminho para a reestruturação desejada pela Gol (Smiles/Divulgação)

Smiles: na quinta, acionistas da se reúnem em assembleia extraordinária para votar a proposta de reforma estatutária que, se aprovada, abre caminho para a reestruturação desejada pela Gol (Smiles/Divulgação)

R

Reuters

Publicado em 28 de novembro de 2018 às 15h44.

São Paulo - As negociações entre a Smiles com a controladora Gol num plano de incorporação podem levar cerca de três meses, considerando o tempo médio de operações similares nos últimos anos no Brasil, segundo um executivo da administradora de programas de fidelidade.

"Essa operação tem características próprias, mas temos visto esse período de tempo como possível parâmetro", disse o diretor financeiro e de relações com investidores da Smiles, Marcos Pinheiro.

Mais cedo nesta quarta-feira, a Smiles anunciou a composição de um comitê que será responsável por negociar os termos de uma incorporação da companhia pela Gol. O comitê é formado por Ana Novaes e José Luiz Osório, ex-diretores da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e José Monforte, ex-presidente do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).

Na quinta-feira, os acionistas da Smiles se reúnem em assembleia extraordinária para votar a proposta de reforma estatutária que, se aprovada, abre caminho para a reestruturação desejada pela Gol.

Segundo Pinheiro, o objetivo do comitê é defender condições justas para os acionistas da Smiles na negociação com a Gol, que detém 52,7 por cento das ações da companhia. O conselho de administração da Smiles, porém, não é obrigado a chancelar as indicações do comitê.

O plano anunciado pela companhia aérea no mês passado é parte de uma reestruturação societária mais ampla desenhada para levar o grupo ao Novo Mercado da B3. O plano foi bastante criticado por acionistas minoritários da Smiles, já que indica que eles devem receber ações da Gol com direito a voto menos abrangente que o que têm atualmente.

A ação da Smiles caiu quase 40 por cento no pregão seguinte ao anúncio, fazendo a empresa perder cerca de 2,5 bilhões de reais em valor de mercado. A CVM abriu um processo para analisar a reestruturação. Às 14:25, a ação da Smiles cedia 0,36 porcento na B3, cotada a 42,10 reais, enquanto o papel da Gol tinha alta de 0,58 por cento. No mesmo horário, o Ibovespa recuava 0,3 por cento.

Acompanhe tudo sobre:AviaçãoAviõesGol Linhas AéreasSmiles

Mais de Negócios

Maternidade impulsiona empreendedorismo feminino, mas crédito continua desafio

Saiba como essa cabeleireira carioca criou o “Airbnb da beleza”

Eles saíram do zero para os R$ 300 milhões em apenas três anos

Conheça a startup que combina astrologia e IA em um app de namoro