Natura: companhia pode virar varejista no mercado internacional (Divulgação/Natura)
Daniela Barbosa
Publicado em 7 de fevereiro de 2013 às 14h51.
São Paulo – Nem só as vendas diretas podem sustentar os negócios da Natura no exterior. A companhia não descarta, por exemplo, abrir lojas em alguns países para diversificar suas operações fora do Brasil.
Segundo Alessandro Carlucci, diretor-presidente da companhia, a aquisição da marca Aesop, no final do ano passado, fez com que o portfólio de negócios da Natura se diversificasse, uma vez que a marca possui lojas conceitos em diferentes regiões.
Em dezembro, a Natura fez a primeira aquisição da sua história por 71,5 milhões de dólares. A companhia comprou a Emeis Holdings Pty Ltd., fabricante australiana de cosméticos e produtos de beleza premium, que opera sob a marca Aesop na Austrália, Ásia, Europa e América do Norte.
“Não existe nenhum plano concreto, mas a abertura de lojas ou lojas conceitos em outros países pode ser uma estratégia adotada para crescermos no exterior. No Brasil, nós não temos essa pretensão, por aqui vamos continuar atuando em vendas diretas”, afirmou o executivo, em teleconferência com a imprensa, nesta quinta-feira.
Resultados
A Natura divulgou seus resultados financeiros referentes ao ano de 2012 nesta quinta-feira. No período, a companhia somou lucro de 861,2 milhões de reais, 3,7% maior na comparação com o ano anterior. A receita da companhia cresceu 13,5%, totalizando 6,34 bilhões de reais, e o Ebtida (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 6%, somando 1,5 bilhão de reais.
As operações internacionais da Natura encerraram o ano com o recorde histórico de participação na receita líquida total da companhia, representando 12,3%. Em 2012, a lucratividade das operações em consolidação (Argentina, Chile e Peru) totalizou 78,4 milhões de reais e as operações em implantação (México e Colômbia) aproximaram-se do ponto de equilíbrio.
Para 2013, a companhia planeja fazer investimentos que somam 450 milhões de reais, boa parte desse valor, de acordo com Carlucci, deve ser aportada na expansão de capacidade e tecnologia. “Os investimentos em logísticas, em 2013, serão menores, diferente do ano passado, quando focamos nesse quesito”, disse o executivo.
No ano passado, a Natura investiu 435 milhões de reais em suas operações no Brasil e no mercado externo.