Para o presidente do Conselho do Pão de Açúcar, a reação de Naouri à proposta de fusão foi "truculenta" (Edu Lopes/Veja)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2013 às 14h42.
São Paulo - Procurado para comentar as declarações de Jean-Charles Naouri, Abilio Diniz afirmou ontem, por meio de sua assessoria, que seu sócio francês "falta com a verdade" na tentativa de desqualificar a proposta de fusão, com o objetivo de fazer com que todos creiam que seria uma manobra do empresário brasileiro para se manter no poder. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada hoje, Naouri, diretor-presidente do Grupo Casino, classifica a manobra do brasileiro como uma "expropriação" de sua empresa.
Diniz nega essa interpretação, argumentando que, na empresa resultante da união entre Pão de Açúcar e Carrefour, ele também não deteria o controle, que seria "do mercado". Para o presidente do Conselho do Pão de Açúcar, a reação de Naouri à proposta de fusão foi "truculenta", seguida de tentativas de impedir que a fusão fosse analisada até mesmo pelo Carrefour.
Ainda na nota enviada por assessores, Diniz negou ter desrespeitado o acordo de acionistas da Wilkes, controladora do Grupo Pão de Açúcar que ele divide com o Casino, e citou a negociação para as recentes operações com Globex (Ponto Frio) e Casas Bahia como exemplos de que não é impedido de prospectar negócios sozinho para depois submetê-los aos demais sócios do Pão de Açúcar. Diniz também nega ter manipulado datas para encontrar-se com Naouri. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.