Negócios

Não tem como pagar a faculdade nos EUA? Vá para Starbucks

A Starbucks decidiu que seus 140 mil funcionários nos EUA podem fazer uma graduação por quatro anos sem pagar nenhuma taxa


	Starbucks: o funcionário poderá escolher entre 49 cursos online
 (Jason Alden/Bloomberg)

Starbucks: o funcionário poderá escolher entre 49 cursos online (Jason Alden/Bloomberg)

Diogo Max

Diogo Max

Publicado em 11 de abril de 2015 às 12h35.

São Paulo – A Starbucks causou uma certa surpresa nesta semana nos Estados Unidos.

A rede decidiu que seus 140 mil funcionários por lá podem fazer uma graduação por quatro anos sem pagar nenhuma taxa. Ou seja, de graça. Ou melhor, por conta da cafeteria.

O programa, que já dava bolsas integrais aos mais experientes na rede, passou por uma reformulação e agora vai funcionar da seguinte forma: cada empregado da Starbucks (esteja ele trabalhando em período integral ou não) que for aceito pela Universidade do Estado do Arizona poderá pedir a bolsa, que dá direito, a cada semestre, ao reembolso das taxas cobradas pela instituição de ensino.

O funcionário poderá escolher entre 49 cursos online e – pode acreditar – não tem a necessidade de ficar na Starbucks após a conclusão do curso.

"Todo mundo merece uma chance ao sonho americano", diz o presidente da Starbucks, Howard Schultz, em um comunicado à imprensa. "Ao dar aos nossos sócios (empregados) acesso a quatro anos com cobertura das taxas, estamos fornecendo ferramentas críticas para oportunidades ao longo da vida".

A rede diz que vai gastar 250 milhões de dólares com o programa e espera que 25 mil funcionários consigam seus diplomas daqui a 10 anos.

Atualmente há 2 mil empregados da cafeteria fazendo algum curso online na Universidade Estadual do Arizona.

A Starbucks também se comprometeu, nos próximos anos, a contratar 10 mil jovens entre 16 e 24 anos que não estão nem estudando, nem trabalhando. Com isso, eles poderão ter a chance de entrar no programa educacional da empresa.

O que está por trás disso

Este novo benefício da Starbucks é parte da cultura criada por Schultz, filho de um trabalhador que era mal tratado na sua carreira.

O presidente da rede já afirmou certa vez que gostaria de fazer a diferença na vida de seus empregados, caso estivesse em uma posição adequada para isso.

Não é à toa que a Starbucks oferece seguro saúde para todos os seus empregados – um caso raro para uma empresa desse porte nos Estados Unidos.

Além disso, como conta a Forbes, o benefício é uma boa ajuda no bem-estar e na retenção dos profissionais, além de mostrar que a empresa se preocupa com seu lado ético e social.

Um dos resultados, segundo a revista, é que a Starbucks terá empregados mais educados para atender seus clientes e poderá atrair melhores profissionais para trabalhar em sua cafeterias. 

Acompanhe tudo sobre:AlimentaçãoBebidasCafeteriasEducaçãoEmpresasEmpresas americanasEnsino superiorEstados Unidos (EUA)Faculdades e universidadesFast foodPaíses ricosStarbucks

Mais de Negócios

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'

Martha Stewart diz que aprendeu a negociar contratos com Snoop Dogg