Rio de Janeiro - A Petrobras informou hoje (12), que não há previsão para o início das negociações com os empregados sobre o pagamento da participação nos lucros e resultados (PLR), referente a 2014, que ocorre normalmente até o dia 10 de janeiro de cada ano, segundo o diretor do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ), Edison Munhoz.
A entidade iniciou vigília na sede da companhia, no centro da cidade, até que seja paga a PLR.
“A Petrobras se reuniu na última sexta-feira (9) com os sindicatos para tratar da participação nos lucros e resultados (PLR) de 2014. A empresa informou às entidades sindicais que ainda não há possibilidade de se iniciar as discussões sobre adiantamento da PLR, normalmente realizada em janeiro, em função de os resultados do terceiro trimestre de 2014 ainda não estarem disponíveis.
Os resultados dos três primeiros trimestres do ano são base de cálculo para o adiantamento da PLR. Conforme já anunciado pela Petrobras, os resultados serão divulgados em janeiro, sem a revisão do auditor externo”, diz a nota.
Segundo a estatal, durante a reunião, os sindicatos pediram que a companhia antecipasse o pagamento da primeira parcela do 13ºsalário para janeiro, que é feito, em geral, no mês de fevereiro.
“A companhia aceitou a solicitação dos sindicatos e enviou comunicado aos empregados nesta segunda-feira (12), confirmando o pagamento da primeira parcela do 13º salário no dia 19 de janeiro”, acrescentou a empresa.
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1. 2014 problemático
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1/11 (Galdieri/Bloomberg)
São Paulo - O primeiro trimestre ainda nem acabou, mas a
Petrobras já acumulou problemas neste período que podem valer para o ano inteiro. Entre processo de investigação de propina, preço das
ações despencando e produção de
petróleo menor, a petroleira dá indícios que não vive um bom momento. Veja, a seguir, 10 enroscos em que a Petrobras já se meteu neste ano:
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2. Investigação sobre propina
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2/11 (Sérgio Moraes/Reuters)
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3. Endividamento bilionário
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3/11 (REUTERS/Nacho Doce)
A captação de 8,5 bilhões de dólares anunciada pela Petrobras nesta semana deve impactar ainda mais o endividamento da estatal. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo,
a dívida líquida da petroleira deverá passar de 100 bilhões de dólares até 2018. De acordo com o novo plano de negócios quinquenal da Petrobras (2014-2018), 60,5 bilhões de dólares serão levantados em dívida bruta nos próximos cinco anos.
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4. Queda da produção
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4/11 (Pedro Lobo/Bloomberg News)
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5. Multa bilionária
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5/11 (REUTERS/Sergio Moraes)
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6. Ações despencaram
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6/11 (Alexandre Battibugli/EXAME)
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7. Valor de mercado menor
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7/11 (Dado Galdieri/Bloomberg)
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8. Preço do dólar divergente
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8/11 (Bruno Domingos/Reuters)
Durante evento para divulgar seu plano de investimentos para os próximos cinco anos, a Petrobras afirmou que vai trabalhar com um dólar de 2,23 reais neste ano.
A cotação média do mercado, no entanto, ultrapassa a cifra de 2,40 reais e a diferença está preocupando o mercado, que não consegue entender como a estatal chegou a esse valor.
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9. Preço do combustível
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9/11 (Divulgação/Petrobras)
A interferência do governo nos negócios da Petrobras também tem preocupado investidores, principalmente quando o assunto é o polêmico reajuste no preço do combustível.
A fim de não aumentar a inflação, o governo tem segurado os preços e a estratégia tem impactado negativamente a petroleira. A estimativa do mercado é que a empresa tenha deixado de ganhar 1,1 bilhão por não repassar alta do petróleo.
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10. Independência do governo
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10/11 (Francois Lenoir/Reuters)
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11. Agora, veja 20 empresas que dominam o país
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11/11 (AGÊNCIA BRASIL)