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Na Volks Caminhões, elétricos terão atenção especial nos próximos anos

Companhia anunciou recentemente plano de investir R$ 2 bilhões no Brasil até 2025 - dentro dessa estratégia, oferta de elétricos deve ser ampliada para a América Latina

Caminhões da Volkswagen e da MAN (Sean Gallup/Getty Images)

Caminhões da Volkswagen e da MAN (Sean Gallup/Getty Images)

KS

Karina Souza

Publicado em 11 de dezembro de 2021 às 15h57.

Última atualização em 11 de dezembro de 2021 às 16h04.

A Volkswagen Caminhões e Ônibus anunciou, recentemente, o plano de investir R$ 2 bilhões até 2025 no Brasil. Entre os planos a serem desenvolvidos com o dinheiro, está a ampliação da oferta de elétricos no país -- estendendo o foco até mesmo para a exportação a outros países da América Latina. No próximo ano, 800 unidades do e-delivery, modelo elétrico da montadora, devem ser entregues no Brasil, e outras 200 unidades devem ser enviadas ao exterior. E os planos são ambiciosos: oferecer o produto aos 30 países em que a marca está presente, no longo prazo.

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Entre os países mapeados para essa nova empreitada da montadora, três são mapeados para o curto prazo: Argentina, Uruguai e México. Depois, devem vir Chile e Colômbia e, a partir dessa fase finalizada, deve começar a exportação para outras regiões, afirma Roberto Cortes, CEO da Volkswagen Caminhões e Ônibus, à EXAME. "É um lançamento que deve ter êxito em todos esses países, porque o apelo é muito forte. Baixa emissão de poluentes, além de custo de operação e manutenção baixos", diz.

A única barreira que desacelera os planos, na visão dele, está no custo de produção. Por ter começado com os elétricos recentemente, a VWCO tem custo alto para produzi-los. Nesse sentido, a companhia já firmou parceria com a Moura, de baterias, para investir em um projeto de baterias elétricas 100% nacional, como anunciou anteriormente.

Para tornar os planos possíveis, a montadora deve investir cerca de R$ 150 milhões nos próximos anos em caminhões elétricos. A ideia é ver como o mercado deve se comportar nos próximos anos e ter fôlego para testar como as linhas de elétricos da marca se comportarão em lugares de fora do Brasil. Sem dizer quando, o executivo afirma que planos de fábricas em outros países da América Latina estão na estratégia da companhia.

Não custa lembrar que, em 2022, a montadora passa a ter pela primeira vez um importador autorizado na Ásia. Um representante nas Filipinas será responsável pela distribuição na região dos caminhões exportados pela marca no Brasil, além de realizar a montagem local de micro-ônibus fabricados em Resende.

Explorando mais a fundo o aporte dos R$ 2 bilhões nos próximos anos, outras frentes que devem ser atendidas incluem a melhoria contínua de processos dentro das fábricas e novos formatos de negócio, com foco em Truck-as-a-service. "Ter o gerenciamento da frota, cuidados da manutenção, do caminhão, é onde o transportador ainda se dedica ao core business e onde queremos estar presente nos próximos anos", diz Roberto.

A última estratégia se torna especialmente interessante para a companhia em um momento de aumento de juros básicos -- que, na ponta, encarecem o custo de financiamento para os veículos, afetando a companhia de uma forma ou de outra. Ao mesmo tempo, a recuperação do PIB é vista de forma positiva para impulsionar o setor ao longo dos próximos anos.

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