Zipp: diferencial, segundo o CEO Pedro Carneiro, é que a empresa não tem os custos do varejo físico e consegue apresentar preços mais baixos para o cliente (Zipp/Divulgação)
Victor Sena
Publicado em 8 de fevereiro de 2022 às 17h00.
Última atualização em 9 de fevereiro de 2022 às 12h11.
Uma economia mais digitalizada costuma ser um dos efeitos da pandemia mais lembrados para o universo dos negócios nos últimos dois anos. Com o isolamento social no início da crise sanitária, soluções de delivery, por exemplo, dispararam. Entre elas as de supermercados online.
O carioca Zipp, que foi fundado dois anos antes da pandemia começar, já contava com um desenho digital e cresceu ainda mais recentemente..
Ele funciona basicamente com um centro de distribuição, caminhões refrigerados e um site em que o cliente escolhe os produtos. Na cesta de opções, são 4,2 mil itens, quantidade considerada enxuta.
Assim, o diferencial segundo o CEO Pedro Carneiro é que a empresa não tem os custos do varejo físico e consegue apresentar preços mais baixos para o cliente.
“Os supermercados que têm presença online mas são físicos têm uma desvantagem. O negócio deles é imobiliário, de abrir loja. O marcador de desempenho é de quantas lojas estão abrindo. O meu é a pesquisa de satisfação do cliente, é o NPS (sigla para Net Promoter Score, metodologia de satisfação de clientes desenvolvida para avaliar o grau de fidelidade)”, avalia Pedro.
Segundo o executivo, o mercado digital tem o desafio de dar mais praticidade ao cliente a um custo menor que o do mercado equivalente. Além disso, segundo Pedro, ele é mais sustentável para todo mundo da cadeia e tem custo mais baixo. No Zipp, os preços são cerca de 10% mais baixos.
“Uma loja tem um modelo complexo. Imagina para uma loja estar limpa, você ter os funcionários satisfeitos, ter frutas, legumes, verduras”, diz Pedro.
Pedro afirma que o hortifruti costuma ser um divisor de águas entre a pessoa ir a uma loja e comprar no digital. Por isso, o foco está em oferecer com capricho estes produtos no site do Zipp.
A principal forma de os clientes chegarem ao site da Zipp hoje é via Google. A empresa tem investido em anúncios no site de busca, mas também acredita que faz sentido contar com as chamadas buscas orgânicas. Nesse tipo de busca, é necessário contar com algum conhecimento da marca. Por isso, a empresa também reconheceu que investir em mídia offline é necessário para tornar o nome Zipp mais conhecido do público.
Agora, em 2022, o plano é expandir a operação para cidades acima de 500 mil habitantes na Região Sudeste, principalmente a capital paulista. Em 2021, o Zipp recebeu R$ 6 milhões em aportes nos últimos 12 meses e planeja abrir uma nova rodada de investimentos para o primeiro semestre de 2022. Parte do valor será direcionada para melhorias na plataforma.
Com a expansão, a empresa planeja dobrar o faturamento. No ano passado, foram seis milhões em aporte.
Os 4,2 mil itens no supermercado online foram selecionados para ajudar a garantir preços mais baixos. Isso porque, segundo Pedro, a oferta de produtos é mais assertiva do que supermercados que tem muito mais variedade.
O Zipp faz uma média de 4 mil vendas por mês, somando as compras feitas pelo site, aplicativo e WhatsApp, além do iFood. Outro diferencial é a possibilidade de alterar o pedido após a finalização da compra.
De olho em novas estratégias, a marca ainda trabalha promoções focadas nas datas sazonais do mercado e prepara ações para o verão. Segundo dados da plataforma de 2021, os bairros que mais cresceram em vendas na cidade do Rio foram: Tijuca, Botafogo, Copacabana, Barra da Tijuca e Laranjeiras, respectivamente.