Redatora
Publicado em 15 de abril de 2024 às 15h37.
Última atualização em 15 de abril de 2024 às 18h41.
As bebidas sem álcool vêm avançando para além do nicho. De acordo com o CEO da maior empresa cervejeira do Japão, a Asahi, o crescente número de consumidores que rejeita bebidas alcoólicas representa uma "grande oportunidade". Ainda, o executivo prevê que produtos sem álcool ou com baixos índices de álcool serão responsáveis por metade das vendas de bebidas da empresa até 2040.
Segundo Atsushi Katsuki, a companhia pretende expandir sua linha de bebidas não alcoólicas nos Estados Unidos, sobretudo por meio do investimento em startups. Para ele, a empresa tem a grande vantagem de produzir bebidas com e sem álcool simultaneamente.
A ideia é aumentar a parcela de drinks com 3,5% de álcool ou menos de 10% no ano passado para 20% até 2030. Até 2040 ou 2050, afirmou Katsuki, o objetivo é elevar o número para 50%.
Outras cervejeiras, como Heineken e Guinness, também estão na busca de agradar consumidores mais jovens e que priorizam a saúde em detrimento do consumo dessas bebidas.
De forma geral, a geração Z, de pessoas nascidas entre 1995 e 2010, tem buscado cada vez menos produtos alcoólicos. Consequentemente, a indústria que prioriza esse tipo de bebida tem apresentado crescimento, atingindo os 11 bilhões de dólares em 2022.
De acordo com um relatório da World Finance, a geração Z bebe, per capita, cerca de 20% menos do que millennials, a geração anterior. Por sua vez, estes bebem menos do que as gerações mais velhas bebiam quando tinham a sua idade.
Dessa forma, fica claro que a nova geração de adultos se preocupa mais com a saúde do que com o gosto pelo álcool. Aparentemente, o consumo de alcoólicos tem decrescido ao longo dos anos, levando a uma baixa histórica nas vendas desses produtos.
Assim, começa uma possível corrida das grandes marcas de cerveja, gim, vodca e tequila em direção à produção de itens 0% álcool. O objetivo -- como sempre -- é agradar o consumidor.