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Murdoch propõe que Facebook pague por notícias "confiáveis"

Sugestão do magnata seria parte dos esforços para melhorar a credibilidade e frear a desinformação

Rupert Murdoch: magnata considerou que as "medidas corretivas" anunciadas pelo Facebook são "inadequadas, comercial, social e jornalisticamente" (Justin Sullivan/Getty Images/AFP/Getty Images)

Rupert Murdoch: magnata considerou que as "medidas corretivas" anunciadas pelo Facebook são "inadequadas, comercial, social e jornalisticamente" (Justin Sullivan/Getty Images/AFP/Getty Images)

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AFP

Publicado em 22 de janeiro de 2018 às 21h47.

O magnata dos meios Rupert Murdoch disse nesta segunda-feira (22) que grandes plataformas, como o Facebook, deveriam pagar às empresas de notícias "confiáveis" como parte dos esforços para melhorar a credibilidade e frear a desinformação.

Desde a eleição de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos, o Facebook lançou uma batalha pública contra as informações falsas, chamadas "fake news", que envenenaram a campanha presidencial.

O presidente executivo do grupo de meios News Corp considerou, em uma carta pública, que as "medidas corretivas" anunciadas pelo Facebook são "inadequadas, comercial, social e jornalisticamente".

Na sexta-feira passada, a rede social disse que pedirá a seus usuários para qualificarem o grau de confiabilidade dos meios através de pesquisas de satisfação, e em outubro passado disse que revisaria o acesso a artigos a partir de sua plataforma para favorecer o pagamento de conteúdos a editores de imprensa.

"Houve muita discussão sobre os modelos de assinatura, mas não vi ainda uma proposta que verdadeiramente reconheça o investimento e o valor social do jornalismo profissional", acrescentou Murdoch, também presidente executivo da 21st Century Fox.

"Se o Facebook quer reconhecer os editores confiáveis, então deveria pagar a esses meios uma tarifa similar ao modelo adotado pelos operadores de televisão a cabo", disse o magnata.

Esta compensação teria "um impacto pequeno nos lucros do Facebook, mas um efeito importante nas perspectivas dos editores e jornalistas", acrescentou.

"Seguimos de perto as mudanças recentes na estratégia do Facebook, e não tenho dúvidas de que Mark Zuckerberg é uma pessoa sincera, mas ainda há uma séria falta de transparência que deveria preocupar os editores e aqueles que desconfiam da orientação política destas poderosas plataformas".

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