Vivendi: dívida subiu para 12 bilhões de euros no ano passado (Patrick Hertzog/AFP)
Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2012 às 17h35.
Nova York - Três meses atrás, o presidente-executivo da Vivendi Jean-Bernard Levy, sob pressão por uma queda nos preços das ações, disse que uma venda de ativos "não era tabu". Agora, ele saiu da empresa, e o grupo francês pode estar analisando uma mudança mais dramática do que ele havia imaginado.
A fabricante de video games Activision Blizzard e Maroc Telecom lideram a lista de candidatas para venda, disseram analistas e profissionais do mercado, mas seus sucessores podem considerar uma divisão ao estilo da feita por Murdoch do seu negócio em um braço de telecomunicações e de mídia.
"Olhe ao que Murdoch anunciou, olhe para todos os precedentes de uma divisão bem executada, e isso sempre libera o desconto do conglomerado e libera valor para os acionistas", disse uma fonte próxima ao assunto, acrescentando que enquanto Levy se opunha ao movimento, o presidente do conselho Jean-Rene Fourtou era "muito mais pragmático".
A Vivendi, cuja dívida subiu para 12 bilhões de euros no ano passado, viu suas ações caírem 13 por cento neste ano com o aumento das preocupações sobre a competição enfrentada pela operadora francesa SFR, seu negócio mais lucrativo.
A empresa, que também controla a operadora brasileira GVT e o Universal Music Group, forneceu poucas dicas sobre as diferenças estratégicas que dividiam Levy, que sai da empresa após quase uma década, e o conselho da companhia.
Embora as especulações girem em torno da Activision, na qual a empresa tem uma participação de 60 por cento, uma divisão do grupo em uma empresa de mídia e de telecom, como a divisão anunciada nesta semana pela News Corp, também parece provável.
Uma venda da GVT parece pouco provável, já que é a empresa de telecom de maior crescimento no país e a de maior crescimento entre os negócios da Vivendi no momento.