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MRV vai retomar investimentos da MRV Logística

Cerca de 34 milhões de reais foram injetados na subsidiária

MRV: a expectativa da empresa é que a MRV Log tenha em operação mais de 45.000 metros quadrados de área bruta locável até dezembro de 2010 (.)

MRV: a expectativa da empresa é que a MRV Log tenha em operação mais de 45.000 metros quadrados de área bruta locável até dezembro de 2010 (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h11.

São Paulo - A MRV pretender retomar a MRV Logística, e procura a melhor estrutura de fontes de recurso para sua subsidiária. O projeto foi criado em 2008 e prevê a construção de condomínios de galpões para fins logísticos. Na época, a MRV se comprometeu a injetar cerca de 45 milhões de reais do seu capital. Até hoje, foram investidos 34 milhões de reais.

O negócio, do ponto de vista financeiro e operacional será mantido separado do segmento da MRV de baixa renda. "Não há nada ainda contratado, mas teremos operações financeiras independentes fazendo a segregação no momento adequado", disse Leonardo Guimarães Corrêa, diretor executivo de finanças, em teleconferência realizada hoje (10/08) com analistas (leia aqui sobre a teleconferência). É um segmento com fluxo de caixa de capital bem diferente do segmento de baixa renda, segundo Correa.

A MRV comunicou hoje (10/08) ao mercado que "permanece em discussões para a contratação de bancos de investimento visando definir, no futuro, sua melhor estrutura de fontes de recursos e societária para sua subsidiaria MRV Log". Correa afirmou que há várias ofertas. "Teremos que achar a melhor maneira de desenvolver essa atividade, eventualmente ter outro sócio na MRV Logística e fazer isso de uma maneira independente e que não tire energia nem caixa da operação de baixa renda", disse.

Contratos em curso

A expectativa da empresa é que a MRV Log tenha em operação mais de 45.000 metros quadrados de área bruta locável - ABL/ano, até dezembro de 2010, nos estados de São Paulo e Minas Gerais. A MRV Log prospecta áreas nos estados da Bahia, Ceará, Goiás e Rio Grande do Sul, objetivando expandir suas atividades.

Atualmente, a subsidiária possui áreas negociadas ou em fase final de negociação que totalizam mais de 500.000 metros quadrados de área bruta locável - ABL/ano. A expectativa da empresa é que essas áreas entrem em operação nos próximos anos. "Queremos ter a primeira empresa nacional de logística", disse Rubens Menin Teixeira de Souza, diretor presidente da MRV.

 


A receita da MRV Log, no trimestre, foi de cerca de um milhão de reais, resultado dos primeiros imóveis locados. "Já temos hoje unidades prontas, unidades em execução e um banco de terrenos muito bem montado. Estamos concentrando na formatação da empresa", disse Menin.

Mão-de-obra

A empresa negou que esteja tendo problemas relacionados à falta de mão-de-obra. "Nossa produtividade está crescendo bem. Há cinco anos, gastávamos 12 homens para fazer um apartamento desse, agora gastamos cerca de sete e vamos chegar a seis", disse Menin.

Essa indústria está pagando mais, segundo o diretor, e por isso não está apresentando problemas de mão-de-obra. "Estamos investindo em capacitação, quem não apostar vai ter dificuldade", disse.

Resultados

A empresa encerrou o semestre com um banco de terrenos de 11,347 bilhões de reais e 115.900 unidades potenciais. O preço médio foi de 97.900 reais (foco na baixa renda). O estoque a valor de mercado em 30 de junho totalizava 1,6 bilhão de reais.

No segundo trimestre, o lucro líquido da MRV foi de 150,5 milhões de reais. No primeiro semestre, a MRV obteve lucro de 266,3 milhões de reais - valor 116,6% superior ao do mesmo semestre de 2009. A receita líquida somou 705,1 milhões de reais no trimestre. O valor é 81% superior ao do segundo trimestre de 2009. No semestre, a receita ficou em 1,3 bilhão de reais, 92,4% acima da atingida no primeiro semestre de 2009.

 


No segundo trimestre, a geração de caixa operacional da MRV, medida pelo ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), alcançou 188,9 milhões. As despesas gerais e administrativas em relação à receita líquida ficaram em 5,2%, e as despesas comerciais em relação à receita líquida ficaram em 5,5% no primeiro semestre de 2010, uma redução de 1,3 e 1,7 ponto percentual, respectivamente, em relação ao primeiro semestre de 2009.

No trimestre, em vendas contratadas, a empresa atingiu 981,9 milhões de reais, valor 15,3% superior ao de igual período de 2009. Os lançamentos obtiveram 1,11 bilhão de reais. Esse valor é 81,3% superior ao do mesmo trimestre de 2009. O guidance para vendas contratadas para 2010 continua entre 3,7 bilhões de reais e 4,3 bilhões de reais.

 

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