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MRV precisa vender R$1,7 bi no 4º tri para atingir meta

A empresa encerrou o terceiro trimestre com vendas menores na comparação anual, em meio a um cenário menos favorável para o setor imobiliário


	Apartamentos da MRV Engenharia: os lançamentos da companhia caíram 27 por cento ano a ano, para 1,057 bilhão de reais
 (Divulgação)

Apartamentos da MRV Engenharia: os lançamentos da companhia caíram 27 por cento ano a ano, para 1,057 bilhão de reais (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2012 às 19h35.

São Paulo - A MRV Engenharia precisará vender 1,7 bilhão de reais nos três últimos meses do ano a fim de cumprir o piso da estimativa traçada para 2012, ou o equivalente a quase 43 por cento do mínimo da meta anual.

A empresa encerrou o terceiro trimestre com vendas menores na comparação anual, em meio a um cenário menos favorável para o setor imobiliário.

As vendas contratadas da construtora e incorporadora mineira somaram 1,027 bilhão de reais entre julho e setembro, queda de 5 por cento sobre um ano antes, mas crescimento de 9 por cento em relação ao período anterior.

O resultado, segundo o vice-presidente financeiro da MRV, Leonardo Corrêa, decorreu da combinação de "economia menos forte que o esperado e reajustes no programa Minha Casa, Minha Vida" --que ainda não haviam acontecido no trimestre passado--, reduzindo o poder de compra do consumidor".

Com isso, a MRV acumulou vendas de 2,784 bilhões de reais nos nove primeiros meses do ano, 3 por cento menores e equivalentes a pouco mais da metade do ponto médio da projeção da companhia para 2012, de vender entre 4,5 bilhões e 5,5 bilhões de reais.


"Com certeza o desafio é muito grande, mas vamos lutar até o final para conseguir (atingir a estimativa)", disse ele à Reuters, descartando uma revisão da projeção.

"Os reajustes no Minha Casa, Minha Vida devem ajudar no quarto trimestre... as mudanças melhoram o poder do compra e terão impacto positivo nas vendas", acrescentou.

No início deste mês, foi atualizado o valor dos imóveis e as faixas de renda e reduzida a taxa de juros aos tomadores de crédito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para compra de imóveis enquadrados no segmento econômico. Também foram reduzidos os juros nos financiamentos do Minha Casa, Minha Vida.

A velocidade de vendas --medida pela relação de venda sobre oferta-- ficou em 19 por cento no terceiro trimestre, abaixo dos 25 por cento vistos um ano antes, mas estável na relação trimestral.

Já os lançamentos caíram 27 por cento ano a ano, para 1,057 bilhão de reais. Na comparação com o segundo trimestre, houve queda de 1 por cento.

Nos nove meses até setembro, a MRV lançou 2,767 bilhões de reais, queda de 15 por cento.

"Temos estoque adequado para atender a demanda", afirmou Corrêa. "É a demanda que vai ditar o ritmo dos lançamentos." O banco de terrenos da empresa somava 21,1 bilhões de reais ao final de setembro.

A MRV informou ainda ter produzido 10.398 unidades no terceiro trimestre, sendo que 6.123 foram concluídas no período.

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