André Esteves, fundador do BTG Pactual: sem Eike, fica mais fácil receber dívidas da MPX (Germano Luders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 8 de julho de 2013 às 18h53.
São Paulo – A saída de Eike Batista do comando da MPX, o braço de energia do Grupo EBX, não foi comemorada apenas pelo mercado. O banco de investimentos BTG Pactual também respirou mais aliviado, segundo o jornal O Estado de S.Paulo.
O motivo é que a MPX representa cerca de 80% do que o Grupo EBX deve ao banco fundado por André Esteves, de acordo com o Estadão. Por isso, ao afastar Eike e reforçar a posição da alemã E.ON no quadro de acionistas, o risco de calote da empresa cai consideravelmente, segundo o jornal.
Garantia duvidosa
Na semana passada, o serviço de notícias Dow Jones citou fontes que não quiseram se identificar para afirmar que o Grupo EBX deveria cerca de 1,6 bilhão de reais ao BTG Pactual. No texto reproduzido pela Agência Estado, as fontes afirmavam que Eike havia oferecido algumas garantias pelo dinheiro, mas ninguém no BTG contava com elas.
Segundo o Estadão, a reestruturação da MPX será positiva para o banco, também, por reduzir a eventual necessidade de injetar dinheiro novo na empresa. A oferta pública, cancelada na semana passada, previa o aporte de até 1,2 bilhão de reais, com o BTG oferecendo garantia de compra dos papéis por um preço de 10 reais por ação.
Agora, com o aumento de capital privado, o tamanho da operação cai para 800 milhões, e o preço de compra dos papéis será de 6,45 reais por ação. Com isso, segundo o Estadão, o BTG colocará, no máximo, 200 milhões de reais em dinheiro novo na MPX.