Luis Octavio Índio da Costa, do Banco Cruzeiro do Sul, ficou 17 dias preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros por conta do esquema (Fernando Moraes/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 8 de janeiro de 2013 às 22h54.
São Paulo - O Ministério Público Federal de São Paulo (MPF) denunciou 17 envolvidos no esquema de fraude do Banco Cruzeiro do Sul, entre eles Luís Octávio Azeredo Lopes Indio da Costa e Luís Felippe Indio da Costa, ex-controladores do banco.
Outros funcionários, administradores e membros de auditoria também foram indiciados pelos crimes contra o sistema financeiro que caracterizaram as atividades do grupo, como gestão fraudulenta e estelionato.
Antes da intervenção do Banco Central e da liquidação da instituição financeira, a organização criminosa cometeu diversas irregularidades, aponta o MPF. Entre elas, a criação irregular de contratos falsos de empréstimos consignados, que foram contabilizados como R$ 2,5 bilhões em ativos do banco. A denúncia do MPF é relativa a atos cometidos entre janeiro de 2007 e março de 2012.
Uma segunda ação penal também denuncia Luís Octávio Indio da Costa, Luís Felippe Indio da Costa, Horácio Martinho Lima e Maria Luíza Garcia de Mendonça por manipularem os resultados financeiros do Banco Cruzeiro do Sul e distribuírem, em seguida, os lucros e dividendos da instituição em proveito próprio. Com a fraude, o banco pôde realizar o pagamento de R$ 31 milhões em juros sobre capital próprio e de R$ 63,5 milhões em dividendos em 2008.
Em outubro de 2012, o banqueiro Luís Felippe Indio da Costa e seu filho Luís Octávio Índio da Costa foram presos pela Polícia Federal (PF) como resultado de um inquérito para apurar as fraudes do banco, sendo que primeiro ficou detido em prisão domiciliar e o segundo foi para o Cadeião de Pinheiros. Ambos, porém, foram postos em liberdade. Em dezembro, a PF indiciou os 17 investigados após concluir a investigação sobre o rombo de R$ 1,35 bilhão no Cruzeiro do Sul.