Nova York - O banco americano Morgan Stanley informou nesta quinta-feira que no último trimestre de 2010 ganhou US$ 836 milhões, fechando o ano com lucro líquido de US$ 4,703 bilhões, uma quantia quase 3,5 vezes o resultado de 2009, quando lucrou US$ 1,346 bilhão.

A entidade nova-iorquina indicou que no quarto trimestre do ano passado recebeu US$ 7,810 bilhões e que no acumulado anual alcançou US$ 31,622 bilhões, 35% mais que em 2009.

Estes resultados incluem receita de US$ 668 milhões antes de impostos pela venda da participação da Morgan Stanley na companhia China International Capital Corporation Limited (CICC).

O presidente e executivo-chefe do banco, James Gorman, destacou a melhor evolução da entidade no último trimestre do ano e o lucro de "bons resultados" apesar da "desafiante" situação dos mercados.

"Morgan Stanley melhorou seus resultados de maneira geral durante o último trimestre e essa fortaleza foi consequência de sua participação em praticamente cada uma das transações destinadas a captar capital para Governos e corporações de todo o mundo", explicou Gorman.

Acrescentou que a instituição reforçou suas posições em bancos de investimento e gestão de fortunas e nos negócios sobre renda fixa com maiores investimentos em pessoal e tecnologia e continuou os progressos na integração da Morgan Stanley Smith Barney, que gerou receita de US$ 166 milhões, frente aos US$ 29 milhões do ano anterior.

Morgan foi um dos que estiveram a ponto do colapso durante a crise financeira de 2008, e começou sua recuperação com novos investimentos, como a aquisição da empresa de intermediação Smith Barney.

O banco nova-iorquino detalhou que seus lucros aplicáveis aos acionistas de outubro a dezembro foi de US$ 600 milhões (US$ 0,41 por ação), frente aos US$ 376 milhões (US$ 0,29) do mesmo período de 2009.

Além disso, assinalou que ganhou US$ 1,1 bilhão nesses últimos três meses do ano em operações de corretagem, frente aos US$ 774 milhões da mesma data de 2009.

Quanto aos pagamentos de salários e compensações, o banco nova-iorquino abonou US$ 16 bilhões, frente aos US$ 14 bilhões ano precedente, o que explicou como parte das indenizações pagas aos trabalhadores afetados por seu processo de reestruturação.