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Montadoras vão investir mais de R$ 11 bilhões no Brasil até 2014

Volkswagen e GM planejam renovar modelos para continuar crescendo no país

Feirão da GM: demanda aquecida incentiva investimentos das montadoras (.)

Feirão da GM: demanda aquecida incentiva investimentos das montadoras (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

São Paulo - O Brasil, quinto maior mercado de automóveis do mundo, desperta cada vez mais o apetite das grandes montadoras. Somente a Volkswagen e a General Motors planejam investir um total de 11,6 bilhões de reais no país até 2014. O dinheiro irá para o desenvolvimento de novas tecnologias e a renovação de sua linha de produtos.

Somente a Volkswagen prepara 47 lançamentos nos próximos cinco anos no mundo todo, somando-se aos 16 em 2009, e mais três previstos para este ano. Além disso, a montadora já separou 6,2 bilhões de reais para investir no país até 2014.

O grupo, que detém dez marcas, entre as quais Audi, Porsche e Bugatti, enxerga o Brasil como um grande mercado automotivo onde investir - é o quinto maior do mundo atualmente. "O consumo está melhor, a renda cresceu e, com isso, há mais formas de financiamento", diz Thomas Schmall, presidente da Volks no Brasil, sobre o crescimento da classe média no país.

A estratégia da Volkswagen em investir na variedade de modelos, aliada à força da economia brasileira, vem trazendo bons resultados. Até 2006, a companhia apresentava índices negativos e, desde então, reverteu a situação. A expectativa é que o crescimento da empresa na região atinja a marca de 6% no próximo ano.

General Motors

Desde que assumiu o cargo de presidente da filial brasileira da General Motors (GM) em 1º de julho, a americana Denise C. Johnson, na companhia há 21 anos, tem a tarefa de manter o crescimento da unidade do Brasil. Apesar da concordata da matriz, a GM brasileira se manteve firme frente à quebradeira provocada pela crise internacional de 2008.

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A estratégia inicial já está definida. "Nós vamos renovar completamente o portfólio de carros nos próximos dois anos", diz Denise. Um dos pontos levantados por ela para mostrar a importância do mercado brasileiro foi o bom desempenho da marca Chevrolet - carro-chefe no Brasil. Em 2010, foram vendidas cerca de 660.000 unidades - um crescimento de 80% em relação a 2000. Com esse salto, o país se tornou o terceiro mercado da GM no mundo e o segundo para a marca Chevrolet.

Bilhões em investimentos

Com o bom crescimento de vendas, além de um consumo aquecido com a ascensão da classe C graças às facilidades de crédito, a empresa passou a focar mais no Brasil. Prova disso são os investimentos de 5,42 bilhões de reais até 2012 destinados à melhoria das plantas, das fábricas e de pessoal.

O foco da companhia, segunda a presidente, será o investimento em tecnologia. "Vamos investir 6% em desenvolvimento e pesquisa", diz Denise. A montadora conta hoje com uma equipe de aproximadamente 1.200 engenheiros - com mais contratações previstas - para a fabricação de seus produtos.

Com isso, a GM espera reduzir os níveis de importação. "A venda de carros importados vem crescendo. É algo preocupante. Queremos produzir aqui e não podemos deixar a importação ser a saída mais fácil", diz Denise.

A forte demanda por caminhões ainda não tem uma estratégia definida pela GM do Brasil, apesar de a matriz ter investimentos em países latinoamericanos como Chile, Venezuela e Colômbia.

Os executivos participaram do simpósio sobre tendências e inovação da indústria automotiva, realizado pelo SAE Brasil nesta segunda-feira (30/8).

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