“Existe uma pressão do mercado para oferecer produtos mais competitivos a preços menores”, diz Luiz Loureiro, gerente de desenvolvimento de produtos da Volkswagen no Brasil (Divulgação)
Karin Salomão
Publicado em 17 de novembro de 2014 às 18h02.
São Paulo - As exigências de quem compra um carro estão aumentando. Para acompanhar as demandas, a indústria automobilística está investindo para diminuir o custo de produção.
Mesmo quem quer comprar um carro de entrada, mais básico e barato, espera encontrar acessórios que, antes, estavam restritos a modelos mais superiores, como ar condicionado e direção hidráulica, vidro e trava elétricos e sistema de navegação.
Historicamente, o segmento de carros de entrada é o que tem maior volume de vendas. Carros com motor até 1.6 representam cerca de 50% de todo o volume da indústria.
Gustavo Colossi, diretor de planejamento de produtos da GM da América do Sul, cita a conectividade como um dos itens que passaram a fazer parte dos carros de entrada. Há cerca de dez anos, nenhum carro do grupo mais simples da Chevrolet incluía sistema de navegação. Hoje, cerca de 25% dos veículos já possuem GPS.
Ele palestrou sobre o mercado de carros de entrada no evento Direções, da Quatro Rodas, nesta segunda-feira, 17.
Indústrias
Além dos desejos do consumidor, as empresas também estão se esforçando para se adaptar às especificidades brasileiras, segundo José Luiz Loureiro, gerente de desenvolvimento de produtos da Volkswagen no Brasil, no mesmo evento.
“Existe uma pressão do mercado para oferecer produtos mais competitivos a preços menores”, diz. Para equilibrar demanda e preço final, ele afirma que o uso de plataformas modulares globais permitem acelerar a produção. As plataformas, “bases” iguais para a construção de carros diferentes, racionaliza o desenvolvimento e corta custos de fabricação.
Atender à legislação de emissões de gases de efeito estufa é outro ponto importante. As montadoras investem nesse aspecto através do programa Inovar Auto, programa do governo para estímulo do desenvolvimento da indústria, segundo Loureiro. “É importante para alavancar o desenvolvimento de novos motores e tecnologia para diminuir as emissões”, afirmou Loureiro.