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Mondelez e D.E. Master Blenders formam gigante do café

Rivais vão unir suas unidades de café em um negócio com o objetivo de enfrentar a líder de mercado Nestlé


	Café da D.E. Master Blenders: acordo reúne marcas da Mondelez, como Carte Noire, com outras da Master Blenders, como L'OR, Pilão e Senseo
 (Matthew Lloyd/Bloomberg)

Café da D.E. Master Blenders: acordo reúne marcas da Mondelez, como Carte Noire, com outras da Master Blenders, como L'OR, Pilão e Senseo (Matthew Lloyd/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2014 às 16h47.

A Mondelez International e a rival D.E. Master Blenders 1753, que detêm marcas como a Kenco e Douwe Egberts, respectivamente, vão unir suas unidades de café em um negócio com o objetivo de enfrentar a líder de mercado Nestlé.

O acordo anunciado nesta quarta-feira reúne marcas da Mondelez, como Carte Noire, com outras da Master Blenders, como L'OR, Pilão e Senseo, estas duas últimas vendidas no Brasil, além da Café do Ponto e Caboclo, entre outras.

A nova companhia será uma joint venture controlada pela holding JAB, dona da Master Blenders, permitindo que a Mondelez se concentre no seu negócio de "snacks", que inclui o chocolate Cadbury e os biscoitos Oreo --no Brasil, ela vende, por exemplo, o bombom Sonho de Valsa e bolacha Club Social.

A Mondelez, cujas ações subiam 8 por cento em Nova York, disse que vai receber cerca de 5 bilhões de dólares e uma participação de 49 por cento na nova empresa, a ser chamada Jacobs Douwe Egberts.

A Mondelez também anunciou um programa de 3,5 bilhões de dólares de reestruturação destinado a reduzir os custos e a aumentar as margens, atendendo à principal queixa do investidor ativista Nelson Peltz, que foi recentemente nomeado para o conselho da Mondelez.

Com uma receita anual de mais de 7 bilhões de dólares, será a maior empresa do mundo puramente de café, embora ainda significativamente menor do que o negócio de café de propriedade da líder mundial da Nestlé.

O Wells Fargo qualificou o acordo de "excelente decisão estratégica".

"Nós temos há muito tempo destacado o café como um motor de crescimento a longo prazo subestimado pela Mondelez, e, com a combinação de ativos com a Master Blenders, vemos cenário de maior probabilidade de criação de valor a longo prazo para os acionistas", disseram em nota de pesquisa.

A JAB, uma holding controlada pela bilionária família alemã Reimann comprou a dona da Douwe Egberts no ano passado por 7,5 bilhões de euros e adquiriu a rede de café dos EUA Caribou Coffee e Peet's Coffee & Tea em 2012, por 340 milhões de dólares e 1 bilhão de dólares, respectivamente.

Essas redes, que competem com a Starbucks e Dunkin Brands Group, não fazem parte da nova empresa. Também não faz parte o negócio do café da Mondelez na França, embora JAB tenha feito oferta por esse negócio.

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