Vale: para obedecer à lei das empresas abertas, minoritários esperam que estrangeiros apoiem indicação para Conselho. (AFP)
Da Redação
Publicado em 1 de abril de 2016 às 12h10.
Rio - Um grupo de acionistas minoritários da Vale vai tentar emplacar um representante no conselho de administração da mineradora na assembleia geral de acionistas do próximo dia 25 de abril.
O candidato será o advogado Marcelo Gasparino, atual presidente do conselho de administração da Usiminas.
A indicação partiu do L.Par, fundo do empresário Lírio Parisotto gerido pela corretora Geração Futuro - que também indicou Gasparino para a siderúrgica - e a VIC Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários.
O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, apurou que os acionistas querem ocupar a vaga de Alberto Guth, que permanecia em aberto até junho do ano passado, quando a Vale nomeou o sócio-fundador da Angra Partners.
Além dele, são membros do conselho o presidente da Previ, Gueitiro Matsuo Genso, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, Fernando Jorge Buso Gomes, Yoshitomo Nishimitsu, Tarcísio José Massote Godoy, Marcel Juviniano Barros, Hiroyuki Kato, Sergio Alexandre Figueiredo Clemente e Lucio Azevedo, que representa os empregados. Hoje a companhia não tem representantes dos minoritários no colegiado.
O indicado dos minoritários da Vale também é membro do conselho de administração da Eternit e da Bradespar.
O braço de investimentos do Bradesco faz parte da Valepar, controladora da Vale.
Nessa temporada de assembleias, Gasparino também é indicado para a vaga dos acionistas preferencialistas da Eletropaulo.
Gasparino já foi também conselheiro de administração de Eletrobras, Tecnisa e Celesc, além de conselheiro fiscal de Bradespar, Eletrobras, AES Tietê, AES Eletropaulo e da estatal fechada SCGás.
Pela Lei das S.A., para emplacar uma vaga os acionistas minoritários detentores de ações ordinárias devem reunir pelo menos 15% do total das ações ON. Já os preferencialistas devem atingir um porcentual que represente 10% do capital social.
Se nem os titulares de ações com direito a voto, nem os de ações sem direito a voto atingirem o quórum exigido, poderão agregar suas ações para elegerem em conjunto um membro suplente e para o conselho de administração.
A expectativa é que haja a adesão de investidores estrangeiros da Vale no processo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.