Promotor Bernardo Urbano pede a prisão preventiva de Nenê Constantino (LIA LUBAMBO/EXAME)
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2011 às 19h39.
Brasília - O Ministério Público do Distrito Federal pediu a prisão do empresário Nenê Constantino, fundador da companhia área Gol. De acordo com a assessoria do MP, a iniciativa partiu de duas frentes. Foram os dois os pedidos de prisão, feitos, pelos promotores João Pimentel Neto, do Tribunal do Júri de Brasília, e Bernardo Urbano, do Tribunal do Júri de Taguatinga. Caberá ao Tribunal de Justiça do DF decidir se aceita as solicitações e decreta a prisão do empresário.
Nenê Constantino é réu em dois processos criminais. Ele é acusado de ser o mandante da tentativa de assassinato do próprio genro, Eduardo Alves Queiroz, em 2008, caso já levou o empresário à cadeia, em dezembro do ano passado, e também é acusado de ter mandado matar o líder comunitário Márcio Leonardo de Souza Brito. Morto a tiros em 2001, ele ocuparia um terreno do empresário.
Audiência - O MP decidiu encaminhar os pedidos de prisão à Justiça por causa de um terceiro episódio. Testemunha dos dois casos, o ex-funcionário de Nenê Constantino, João Marques dos Santos, foi baleado no último dia 18. Como o empresário deveria ser ouvido em audiência nesta terça-feira, os promotores imaginaram que poderia sair de lá preso. Nenê Constantino não compareceu. Sua defesa informou ao Tribunal de Justiça do DF que ele não está se sentindo bem.
O promotor José Pimentel Neto lembra que, em dezembro, Constantino conseguiu um habeas corpus alegando problemas de saúde. O empresário chegou a ser internado na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital de Brasília. Mas, duas horas depois de ser liberado pela Justiça, saiu direto para casa. "Aparentemente, ele não é muito afeito a cumprir determinação judicial", diz o promotor. O site de VEJA entrou em contato com os advogados do empresário e não obteve retorno.
Nesta terça-feira, o juiz João Marcos Guimarães ouve doze testemunhas de defesa e uma de acusação o assassinato do líder comunitário, numa audiência realizada no Fórum de Taguatinga, a cerca de 25 quilômetros do centro de Brasília. Dois réus também compareceram à audiência.