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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
As mineradoras que atuam no Chile estão retomando aos poucos suas operações, à medida que o fornecimento de energia, interrompido após o terremoto de 8,8 graus que atingiu o país no sábado, vai sendo restabelecido. O Chile responde por 34% da produção mundial de cobre. A Anglo American informou hoje que o corte no abastecimento de eletricidade prejudicou quatro de suas operações de cobre no Chile - as minas Los Bronces, El Soldado e Mantoverde e a fundidora Chagres. A energia, segundo a empresa, foi parcialmente restaurada na noite de sábado e, após inspeções detalhadas, a produção começou a ser retomada nas unidades ontem.
Ontem no final do dia, a estatal Codelco, maior produtora de cobre do mundo, reabriu sua divisão El Teniente, após o abastecimento de energia ter sido restaurado, mas a divisão Andina ainda está fechada, disse uma porta-voz. As duas divisões localizam-se na região central do Chile, onde fica o epicentro do terremoto.
Ela destacou que, embora a El Teniente tenha sido reaberta, a unidade só deve voltar a produzir hoje, já que leva tempo para que todos os equipamentos e máquinas voltem a ficar em linha. A El Teniente abriga a maior mina de cobre subterrânea do mundo e um complexo de refino de metais. Se retificados e alinhados, os túneis da mina teriam 2,4 quilômetros.
A Andina, que continua fechada, possui uma mina subterrânea e outra aberta e uma usina de processamento, e não teve seu fornecimento de energia restaurado. Além disso, uma rocha de cinco toneladas caiu durante o terremoto, danificando um canal, problema que a Codelco tenta resolver. "A situação em Andina é um pouco mais difícil e pode demorar um pouco mais de tempo", disse a porta-voz. A Andina produz cerca de 220 mil toneladas de cobre por ano e está passando por uma expansão multibilionária.
Já a Antofagasta disse hoje que a energia em sua mina de cobre Los Pelambres foi restaurada ontem. A empresa informou que todos os equipamentos e a infraestrutura serão checados com a retomada das operações. "O impacto sobre a energia adicional necessária para a retomada (de Los Pelambres) está sendo avaliado". A mina produziu 311,6 mil toneladas de cobre no ano passado.
As outras operações da Antofagasta no país - El Tesoro, Michilla, Esperanza, além de seus negócios de água e ferrovia - não foram afetadas.
As informações são da Dow Jones