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Milky Moo: como uma franquia aberta em Goiás virou um negócio de R$ 26 milhões só com milkshakes

A rede de franquias de milkshakes se tornou um sucesso e, em pouco mais de quatro anos, tem mais de 550 lojas

Lohran Soares, fundador da Milky Moo: “Você não vê uma loja focada em milkshake apenas" (Milky Moo/Divulgação)

Lohran Soares, fundador da Milky Moo: “Você não vê uma loja focada em milkshake apenas" (Milky Moo/Divulgação)

Isabela Rovaroto
Isabela Rovaroto

Repórter de Negócios

Publicado em 22 de agosto de 2024 às 16h20.

Última atualização em 22 de agosto de 2024 às 16h46.

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O goiano Lohran Soares viu sua trajetória como empreendedor mudar radicalmente quando decidiu abrir uma loja de milkshakes. Ele transformou a simples sobremesa americana no principal produto da Milky Moo e a rede de franquias se tornou um fenômeno. Mais de 550 lojas já foram vendidas em pouco mais de quatro anos de história. Destas, 438 estão em operação.

"A Milky Moo tinha fila na porta desde o primeiro dia. A operação simples, com produto fabricado por terceiros, chamou a atenção de investidores", diz o fundador Lohran Soares. 

As lojas com estampa de vaca em tons de cinza e rosa começaram a pipocar Brasil afora por meio de franquias. No ano passado, a Milky Moo viu sua receita líquida operacional saltar de pouco mais de 6,5 milhões de reais para 26,34 milhões de reais, alta de 300,45%, segundo o ranking EXAME Negócios em Expansão 2024.

Quem é o empreendedor

Quem está por trás do negócio é o goiano Lohran Soares. Aos 12 anos, ele já vendia brigadeiro na escola, e, aos 18, abriu a primeira loja com a mãe, a Sr. Lohran, de venda de sapatos masculinos.

Por uma década Soares teve fé no futuro de uma loja de sapatos masculinos que possuía em Goiânia. Ele começou a empreender aos 18 anos e sobreviveu ao longo de uma década sem ter muito sucesso.

"No início, acumulei dívidas e a loja andava de lado. Quando as coisas melhoravam, o lucro era reinvestido para ampliar o estoque da loja", diz.

A inconsistência nos rendimentos levou Soares a encarar uma jornada dupla, trabalhando na loja e também como garçom em uma rede de restaurantes. Em outro período, ele bateu de porta em porta oferecendo o livro do Código de Defesa do Consumidor.

Foi em meio à rotina exaustiva de fechar o caixa da loja todo dia que ele conheceu Paulo Sérgio da Silva, um cliente que propôs a ele uma sociedade num espaço ocioso de um shopping. Mais uma loja de sapatos? Nada disso. A ideia era uma lanchonete de milkshakes.

Como a Milky Moo foi criada

Com investimentos de R$ 120.000, a Milky Moo nasceu com quatro sócios. Além da dupla, Lucas Amin, filho de Silva, e Ana Clara Alves, gastróloga e responsável pela área de desenvolvimento dos produtos.

A marca nasceu com um modelo de negócio escalável, com facilidade para transpor as fronteiras de Goiás e sem uma demanda intensiva de capital.

“Você não vê uma loja focada em milkshake apenas. Muitas vezes, ele é apenas uma opção dentro de uma sanduicheria ou de uma sorveteria. Entendemos que poderia ser uma oportunidade para ele se tornar protagonista”, diz o empreendedor.

A marca chegou com um estilo instagramável, colorida e malhada. A referência às vacas também está nos sabores. Os mais de 30 sabores têm nomes próprios, como mimosa (milkshake de morango) e malhada (com bolacha Oreo), por exemplo.

O crescimento da Milky Moo

O salto de expansão da Milky Moo em 2023 levou a rede a 12ª posição da categoria de 5 a 30 milhões de reais na edição 2024 do ranking EXAME Negócios em Expansão. No período, a marca cresceu 300,45%, com receita líquida de R$ 26,3 milhões. O faturamento sell-out no período chegou a R$ 230 milhões.

A rede trabalha com três modelos de franquia: quiosque, loja de rua e em shopping, com valores a partir de R$ 190.000. O retorno médio, segundo a empresa, acontece no intervalo de 18 a 24 meses.

Para 2024 a expectativa é ter outro salto exponencial de crescimento, chegando a R$ 450 milhões, com 700 lojas.

O que é o ranking EXAME Negócios em Expansão

O ranking EXAME Negócios em Expansão é uma iniciativa da EXAME e do BTG Pactual. O objetivo é encontrar as empresas emergentes brasileiras com as maiores taxas de crescimento de receita operacional líquida ao longo de 12 meses. Em 2024, a pesquisa avaliou as empresas brasileiras que mais conseguiram expandir receitas ao longo de 2023.

A análise considerou os negócios com faturamento anual entre R$ 2 milhões e R$ 600 milhões. Após uma análise detalhada das demonstrações contábeis das empresas inscritas, a edição de 2024 do ranking foi lançada no dia 24 de julho.

São 371 empresas de 23 estados brasileiros que criam produtos e soluções inovadoras, conquistam mercados e empregam milhares de brasileiros. Conheça o hub do projeto, com os resultados completos do ranking e, também, a cobertura total do evento de lançamento da edição 2024.

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